As REGIÕES NATURAIS DA TERRA.
AS ZONAS DE ILUMINAÇÃO DA TERRA.
Exposição dos trabalhos de geografia, prof.Selma Galiza, confeccionados pelos alunos do 6º ano A, B, e C da E.E.Benício Prates.
As zonas de iluminação da terra já haviam sido observadas por alguns povos da antiguidade. Na Grécia Antiga, por exemplo, há mais de 2.000 anos os astrônomos já classificavam os climas da terra e criaram a noção de zonas térmicas. Apalavra clima vem di grego e significa "inclinação": inclinação dos raios solares. Os gregos também observaram que o clima varia de acordo com a inclinação com que os raios solares chegam à terra.
Atualmente, o mais adequado é falar-se em zonas de iluminação e não em zonas térmicas, pois existem outros fatores que influenciam a temperatura do ar atmosférico de um lugar. Por exemplo, grande parte da Cordilheira dos Andes, na América do Sul, encontra-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, ou seja, na zona tropical ou intertropical.
(Foto:Selma Galiza)
Trabalhos confeccionados pelos alunos do 6º ano A, B, e C da E.E.B.Prates.
Entretanto, devido à altitude dessas montanhas e planaltos elevados, predominam ali baixas temperaturas ou baixas médias térmicas. Além disso, existem muitos picos montanhosos cobertos pelo gelo durante todo o ano e, no entanto, encontram-se na zona tropical.
Em virtude de a terra ter forma esférica, a zona equatorial(aquela porção de nosso planeta onde se situa a linha equatorial ou do Equador), recebe os raios solares quase vertical ou perpendicularmente no decorrer dos doze meses do ano. Já nas porções situadas ao norte e ao sul da linha equatorial, a inclinação dos raios solares vai se tornando maior. Quanto mais distante do Equador, maior é a inclinação.
A inclinação dos raios solares influi na iluminação e no aquecimento da atmosfera terrestre, na circulação mundial do ar atmosférico e, portanto, no tempo e no clima. E este, por sua vez, influi na distribuição dos vegetais e dos animais na superfície terrestre.
(Foto:Selma Galiza)
Trabalhos feitos pelos alunos do 6º ano, quando aprendiam sobre as Regiões Naturais da Terra e as partes internas da terra.
Os trópicos e os círculos polares são importantes porque delimitam, na esfera terrestre, as zonas de iluminação da terra, ou Regiões Naturais.
Os trópicos de Câncer e de Capricórnio marcam o limite, o ponto máximo, ao norte e ao sul a partir do Equador, onde os raios solares conseguem atingir, perpendicular ou verticalmente, a superfície terrestre. Entretanto, isso acontece apenas uma vez em cada hemisfério no decorrer do ano: em 21 de junho no Trópico de Câncer, quando inicia o verão no hemisfério norte, e em 21 de dezembro no Trópico de Capricórnio, quando inicia o verão no hemisfério sul.
Zonas de Iluminação da Terra e partes internas da Terra.
O alunos aprenderam sobre os paralelos, como encontrar a latitude e a importância de alguns paralelos.
Estudaram também as partes internas da terra, orientados pela prof.geografia Selma Galiza.
Os círculos polares Ártico e Antártico delimitam, ao redor dos pólos Norte e Sul, o alcance máximo dos raios solares no decorrer do ano. Isso ocorre em 21 de dezembro no Círculo Polar Ártico, quando inicia o inverno no hemisfério norte, e em 21 de junho no Círculo polar Antártico, quando inicia o inverno no hemisfério sul. Nos meses de inverno, tanto no Pólo Norte como no Pólo Sul, não se vê o disco solar (sol), e o "dia se torna noite".
Jardim da E.E.Benício Prates
"A escola é um educandário, e pela aparência do belo jardim, demonstra para seus alunos a importância da preservação e respeito pela natureza que é o maior patrimônio da humanidade."
Dia do Meio Ambiente
Somente a utilização dos dos recursos naturais não basta. Além do uso racional da natureza, isto é, pelo maior tempo possível e beneficiando o maior número de pessoas, é necessário preservá-la, resguardá-la como ela existe ainda em certas áreas.
Os professores de geografia, ciências e biologia da E.E.Benício Prates, preocupados com a questão ambiental e no compromisso de trabalhar e conscientizar os alunos da escola para que repassem aos familiares, amigos e outros, comemoraram o dia do meio ambiente.
Apesar de estarem sempre colocando o meio ambiente em um lugar privilegiado durante as aulas, muitos trabalhos e pesquisas foram realizados pelos alunos sob coordenação dos professores.
Sabemos que com a industrialização, a chamada vida moderna, tudo se transforma, tudo é constantemente modificado em nome do "progresso". As memórias do passado e as diversidades criadas pela natureza são destruídas a cada dia. Não se respeita nem a história ( tradições e obras das gerações anteriores) nem a natureza (ecossistemas em sua diversidade, principalmente, e também as belas paisagens naturais, como uma montanha ou uma queda d'água de grande valor simbólico).
Muitos problemas ambientais foram lembrados neste momento.
E.E.Benício Prates de Coração de Jesus-MG, Brasil.
(foto: Selma Galiza )
No dia 06 de junho comemora-se o dia do meio ambiente!
Desde a década de 70, a humanidade vem tomando consciência de que existe uma crise ambiental planetária. Não se trata apenas da poluição de áreas isoladas, o que é conhecido ha muito tempo, mas de uma real ameaça à sobrevivência dos seres humanos, talvez de toda a biosfera.
Um fato que ficou claro há muito tempo, é que o problema ambiental, embora possa apresentar diferenças nacionais e regionais, é antes de mais nada planetário ou global. A longo prazo de nada adianta aquele procedimento comum de transferir indústrias poluidoras de uma região para outra, pois do ponto de vistas da biosfera nadase altera. Não podemos esquecer que a atmosfer é uma só, que as águas se interligam (ciclo hidrológico), que os ventos e climas são planetários.
CB Charlei Leonor Vieira do Carmo em uma palestra sobre as leis ambientais na E.E.B.Prates durante a comemoração do dia do Meio Ambiente.
A crise econômica vem suscitando mudanças na economia e também na ppolítica. Não apenas as preocupações ecológicas cresceram nos debates e nos programas políticos como também novas propostas surgiram. Multiplicaram os ecologistas, as organizações e os movimentos ecológicos, assim como os partidos denominados verdes, que defendem uma política voltada para uma nova relação entre a sociedade e a natureza.
Desenvolvimento sustentado
Desenvolvimento socioeconômico que seja ao mesmo tempo consevacionista.
Desenvolver-se preservando o meio ambiente, utilizando dos recursos naturais com responsabilidade, preservando-os para as futuras gerações ( sustentabilidade) e evitando a degradação do meio ambiente, ou seja, poluição, perda da biodiversidade, erosão dos solos, etc.
O desenvolvimento sustentável, portanto, é mais um projeto, ou melhor, uma noção diplomática aceita internacionalmente, mas que tem de ser mais bem definida em função de cada realidade.
(Foto:Selma Galiza)
Alunos da E.E.Benício Prates assistem as apresentações sobre o meio ambiente.
A biosfera, que pode ser comparada a essa casa hipotética, apesar de imensamente maior, é uma só. Ela inclui o ar que respiramos, as águas e todos os ecossistemas.
As enormes queimadas de florestas na África, no sudeste asiático ou na América do Sul não dizem respeito unicamente aos países que a praticam. As queimadas diminuem a massa vegetal sobre o planeta, impedindo a renovação do oxigênio do ar pela fotossíntese. Além disso, liberam enormes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, prejudicando toda a biosfera e, consequentemente, toda a humanidade.
O olhar geográfico, permanece aguçado. O meio ambiente estudado sob ótica espacial, permite tanto a descrição e interpretação das paisagens quanto a análise dos projetos em jogo nos mais diferentes lugares.
(foto:Selma Galiza)
Cartaz confeccionado pelos alunos da escola.
Conservação e preservação do meio ambiente
Conservacionismo ou conservação dos recursos naturais é a moderna preocupação em utilizar adequadamente os aspectos da natureza que o ser humano transformou ou consome. Coservar, nesse caso, não significa guardar ou preservar, e sim utilizar racionalmente. Os seres humanos devem utilizar a natureza de modo a atender às necessidades do presente, além de preservá-la para as futuras gerações.
(foto:Selma Galiza)
Cartazes confeccionados pelos alunos da escola sob coordenação das professoras Selma, Cristina e Mary.
A idéia de conservação dos recursos naturais, entretanto, sempre deu margem a polêmicas, pois aparentemente ela seria contrária ao desenvolvimento ou ao progresso material dos povos. É como se fosse necessário controlar ou paralisar o progresso para evitar o uso desenfreado dos recursos naturais, o que desagrada àqueles que priorizam o desenvolvimento econômico e social.
(Foto:Selma Galiza)
Apresentação do slide feita por Emanoel e Lucas, alunos do 2º ano A
durante as comemorações do dia do meio ambiente.
Palestra feita na E.E.Benício Prates de Coração de Jesus-MG, dia do Meio Ambiente pelo CB Charlei Leonor Vieira do Carmo, da Polícia Ambiental.
As comemorações foram organizadas pelas professoras Selma Vasconcelos Galiza, Geografia, Rosemary Ramos Nobre, Biologia e Cristina, Ciências.
Aconteceram no dia 04 de junho de 2009, no turno matutino e no turno vespertino, com uma grande participação dos alunos, professores, Orientadores e diretores da Escola.
Vaquejada 2009
Vaquejada em Coração de Jesus,MG - BRASIL.
Foto: Selma Galiza
Parque de Exposições da cidade de Coração de Jesus-MG, Brasil, onde acontece a festa de Vaquejada Nacional.
A Vaquejada é uma atividade recreativa-competitiva, com características de esporte, brasileira da região Nordeste, no qual dois vaqueiros a cavalo têm de perseguir o animal (boi) até emparelhá-lo entre os cavalos e conduzi-lo ao objetivo (duas últimas faixas de cal do parque de vaquejada), onde o animal deve ser derrubado.
Na década de 40, a vaquejada era conhecida por corrida de mourão e tornou-se muito popular na região Nordeste, antes, os vaqueiros mostravam como faziam na lida do gado, vestiam seus gibões - roupa de couro que protege o vaqueiro da vegetação seca - e tentavam derrubar o animal em movimento.
O chão seco e a caatinga foram substituídos por grandes parques de vaquejadas, espalhados por toda a região. Hoje, existem clubes associações, calendários e patrocinadores, para que esse esporte se torne cada vez mais popular.
Foto: Selma Galiza
VAQUEJADA
A Vaquejada é uma festa tradicional que acontece em vários municípios do Brasil, principalmente na cidade de Coração de Jesus, Minas Gerais quando comemora-se seu aniversário de emancipação política.
Na realidade, a vaquejada consiste em um ato de procurar o gado espalhado pelos matos e conduzí-lo ao curral, conforme o Aurélio.
Na festa de vaquejada, o gado é perseguido dentro da arena (pista de vaquejada) e "derrubado" dentro da área delimitada pela coordenação.
Foto: Selma Galiza
Arquibancadas da pista de vaquejada Grigo Figueredo em Coração de Jesus-MG.
Mais de 80 mil telespectadores assistiram a abertura do 2º circuito inter TV de vaquejada em Minas Gerais, na cidade de Coração de Jesus.
De manhã bem cedo as arquibancadas da pista já estavam sendo ocupadas pelos apreciadores do evento.
Foto: Selma Galiza
Parque de exposições Júlio Antunes Prates, em Coração de Jesus-MG, ornamentado para a festa em 2009.
No Parque de Exposição Júlio Antunes Prates acontece vários eventos e shous para divertir a população local e os visitantes que comparecem todos os anos para prestigiar os eventos.
VAQUEJADA EM SÃO JOÃO DA LAGOA, MINAS GERAIS - BRASIL
(famosa Pitinha)
A vaquejada em São João da Lagoa não é uma atração antiga, pois foi muito recente a implantação deste esporte na cidade.
Hoje é uma das muitas cidades que está participando do circuito inter-TV de Vaquejada promovido pela Globo, e não deixou nada a desejar enquanto qualidade, organização e beleza da festa na região.
Milhares de turistas compareceram durante os dias de festa na cidade, tornando a vaquejada uma das principais atração na região e vizinhança.
Parque " Portal da Lagoa" em São João da Lagoa (Pitinha), Mins Gerais, Brasil onde reunem milhares de pessoas para apreciarem a vaquejada nacional.
Na época dos coronéis, quando não havia cercas no sertão nordestino, os animais eram marcados e soltos na mata. Depois de alguns meses, os coronéis reuniam os peões (vaqueiros) para juntar o gado marcado. Eram as pegas de gado, que originalmente aconteciam no Rio Grande do Norte. Montados em seus cavalos, vestidos com gibões de couro, estes bravos vaqueiros se embrenhavam na mata cerrada em busca dos bois, fazendo malabarismos para escaparem dos arranhões de espinhos e pontas de galhos secos. Alguns animais se reproduziam no mato. Os filhotes eram selvagens por nunca terem mantido contato com seres humanos, e eram esses animais os mais difíceis de serem capturados. Mesmo assim, os bravos vaqueiros perseguiam, laçavam e traziam os bois aos pés do coronel. Nessa luta, alguns desses homens se destacavam por sua valentia e habilidade, e foi daí que surgiu a idéia da realização de disputas.[1]
O Rio Grande do Norte é apontado como o estado que deu o primeiro passo para a prática da vaquejada.
O historiador [Câmara Cascudo]] dizia que por volta de 1810 ainda não existia a vaquejada, mas já se tinha conhecimento de uma atividade parecida. Era a derrubada de vara de ferrão, praticada em Portugal e na Espanha, onde o peão utilizava uma vara para pegar o boi. Mas derrubar o boi pelo rabo, a vaquejada tradicional, é puramente nordestina. Na região Seridó do Rio Grande do Norte, onde tudo começou, era impossível o uso da vara, pois o campo era muito acidentado e a mata muito fechada, e por essa razão tudo indica que foi o vaqueiro seridoense o primeiro a derrubar boi pelo rabo.
Somente em 1874 apareceu o primeiro registro de informação sobre vaquejada. O escritor José de Alencar escreveu a respeito da "puxada de rabo de boi" no Ceará, mas não como sendo algo novo, ele deixou claro que a prática já ocorria anteriormente. E se existia no Ceará, era indiscutível que pudesse existir em estados vizinhos como, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, já que eram regiões tão semelhantes nos hábitos, atividade econômica e social, e ambiente físico. Foi isso que levantou a suspeita dos pesquisadores. Eles descobriram pela tradição falada que muito antes de 1870 já se praticava vaquejada no Seridó Potiguar. Uma indicação para isso era a existência dos currais de apartação de bois, que deram origem ao nome da cidade de Currais Novos, também no Rio Grande do Norte. Esses currais foram feitos em 1760. E era entre 1760 e 1790 que acontecia em Currais Novos a apartação e feira de gado. Foram dessas apartações que surgiram as vaquejadas. O pátio de apartação de São Bento, no município de Currais Novos foi construído em 1830.
Pista de Vaquejada de São João da Lagoa, norte de Minas Gerais.
A pista localiza-se ao lado da lagoa, tornando a paisagem bonita e ambiente muito agradável, proporcionando mais conforto para os turistas que lotam a região.
No Nordeste, desde a colonização, o gado sempre foi criado solto. A coragem e a habilidade dos vaqueiros eram indispensáveis para que se mantivesse o gado junto. O vaqueiro veio tangendo os bois, abrindo estradas e desbravando regiões. Foram eles os grandes desbravadores do sertão nordestino, e muito especialmente do sertão do Seridó, região cheia de contos e lendas de bois e de vaqueiros.[1]
Anos 40
Sem registros precisos de datas, sabe-se apenas que em meados de 1940 os vaqueiros de várias partes do nordeste começaram a tornar público suas habilidades, na Corrida do Mourão, que começou a ser uma prática popular na região nordeste.[1]
Os coronéis e senhores de engenho passaram a organizar torneios de vaquejadas, onde os participantes eram os vaqueiros, e os patrões faziam apostas entre si, mas ainda não existiam premiações para os campeões. Os coronéis davam apenas um "agrado" para os vaqueiros que venciam. A festa se tornou um bom passatempo para os patrões, suas mulheres e seus filhos.
Após alguns anos, pequenos fazendeiros de várias partes do nordeste começaram a promover um novo tipo de vaquejada, onde os vaqueiros tinham que pagar uma quantia em dinheiro, para ter direito a participar da disputa. O dinheiro era usado para a organização do evento e para premiar os vencedores.
As montarias, que eram formadas basicamente por cavalos nativos daquela região, foram sendo substituídas por animais de melhor linhagem. O chão de terra batida e cascalho, ao qual os peões estavam acostumados a enfrentar, deu lugar a uma superfície de areia, com limites definidos e regulamento. Cada dupla tinha direito a correr três bois. O primeiro boi valia 8 (oito) pontos, o segundo valia 9 (nove) e o terceiro boi correspondia a 10 (dez) pontos. Esses pontos eram somados e no final da vaquejada era feita a contagem de pontos, a dupla que somasse mais pontos era campeã, e recebia um valor em dinheiro. Esse tipo de vaquejada foi e ainda é chamada de "bolão".
Com o tempo, a vaquejada se popularizou de tal forma que existem clubes e associações de vaqueiros em todos os Estados do Nordeste, calendários de eventos e patrocinadores de peso, envolvendo um espírito de competição que agrada a muitos.
Evolução da Vaquejada
- De 1880 a 1910: A prática era com a lida do boi, a apresentação nos sítios e fazendas. Não existia formalmente o termo Vaquejada. O Brasil vivia um momento de transição da Monarquia para a República. As músicas de Chiquinha Gonzaga estouravam nas paradas de sucesso.
- De 1920 a 1950: A idéia da festa da vaquejada começava a existir com as brincadeiras de argolas e corridas de pé-de-mourão. Nesse período, o temido Lampião costumava participar das festinhas com argolas, em fazendas de amigos. Na época destacavam-se, na música, Noel Rosa, Ari Barroso, e surgia um garoto chamado Luiz Gonzaga no Brasil republicano, onde brilhou a estrela de Getúlio Vargas.
- De 1960 aos anos 70: Começam a ser disputadas as primeiras vaquejadas na faixa dos seis metros. Ainda eram eventos de pequeno porte, em sua maioria festinhas de amigos, com participação mínima de vaqueiros. O Brasil vivia a época da ditadura. O forró de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Marinês e outros animavam as festas.
- De 1980 aos anos 90: Mudanças nas regras da vaquejada. A faixa dos seis metros, que exigia força do vaqueiro, passou a ser de dez metros, cuja principal característica é a técnica. Começam a ser distribuídos prêmios para os competidores, mas o público ainda era pequeno. Época em que o País inteiro foi às ruas gritar pelas eleições diretas que foram consolidadas em 1988.
- Anos 90 até a atualidade: A vaquejada é encarada como um grande negócio. Os organizadores começam a cobrar ingressos e o público entende a proposta. O vaqueiro é reconhecido como um atleta da pista. Nasce um novo forró com o surgimento de bandas como "Mastruz com Leite". Resultado: parques lotados e, a cada ano, surgem mais pessoas interessadas pela atividade.
Regras
As disputas são entre várias duplas, que montados em seus cavalos perseguem pela pista e tentam derrubar o boi na faixa apropriada para a queda, com dez metros de largura, desenhada na areia da pista com cal. Cada vaqueiro tem uma função: um é o batedor de esteira, o outro é o puxador.
- O Batedor de Esteira
É o encarregado de "tanger" o boi para perto do derrubador no momento da disparada dos animais e pegar o rabo do boi e imediatamente passar para o colega.
- O Puxador
É o encarregado de puxar o rabo do boi e de derrubá-lo dentro da faixa apropriada.
- O Juiz
O juiz serve como árbitro na disputa entre as duplas e deve ficar ao alto da faixa onde o boi será derrubado. Ao cair na pista, dependendo do local, pontos são somados ou não a dupla. Se o boi for derrubao dentro da faixa apropriada para esse fim, com as quatro patas para o ar, ele grita para o público: "Valeu Boi", então, soma-se pontos a dupla, se isso não acontecer, ele fala: "Zero Boi", a dupla não consegue somar pontos.
Vídeo publicado por Neydson Galiza, do Rodeio em Coração de Jesus-MG em 2009
Regulamentação
O Peão de vaquejada hoje é regulamentado pela Lei nº 10.220, de 11 de abril de 2001, que considera "atleta profissional o peão de rodeio ... Entendem-se como provas de rodeios as montarias em bovinos e eqüinos, as vaquejadas e provas de laço, promovidas por entidades públicas ou privadas, além de outras atividades profissionais da modalidade organizadas pelos atletas e entidades dessa prática esportiva".
Empresários de todo o País vêem o evento como um grande e próspero negócio. As vaquejadas s
ão consideradas "Grandes Eventos Populares" deixando de ser uma simples manifestação Cultural Nordestina, e atraindo um excelente público onde quer que aconteçam.[1]
Críticas dos Defensores dos Animais
A vaquejada, assim como o rodeio, é repudiada pelas entidades de defesa animal brasileiras, embora ainda não haja uma militância notável contra a prática.
Entre as maldades denunciadas nesses eventos, estão o ato de submeter os bois ao medo e desespero através de encurralamento e agressões a choque elétrico e pancadas, no intuito de fazê-lo correr em fuga, a descorna dos mesmos sem anestesia e o fato de os cavalos serem atiçados a correr mediante golpes de esporas aplicados pelos vaqueiros. Os próprios atos de perseguir o animal e puxar sua cauda também são considerados per se agressões pelos defensores dos animais. Além disso, são relatadas com certa frequência consequências muito nocivas da tração forçada na cauda e da derrubada do boi, tais como fraturas nas patas, traumatismos e deslocamento da articulação da cauda ou até a amputação desta. Outro detalhe, reconhecido pelos próprios organizadores de vaquejadas[2], é que o boi pode não conseguir se levantar após ser derrubado. O julgamento da prova é realizado mesmo com o boi inerte no chão.
Além das consequências físicas nos animais, questões éticas entram em debate, como o questionamento do embasamento moral de se explorar e agredir animais para fins de diversão, a validade de se chamar de esporte um evento de entretenimento baseado por definição no abuso dos mesmos e o dilema da prevalência do valor cultural deste tipo de atividade sobre o bem-estar e a dignidade dos bichos.
Vídeos: Selma Galiza