Escola Pública de
boa qualidade.
Trabalhando com gráfico ( alunos da E.E.Benício Prates, coordenados pelo prof.matemática Walder)
Grandes
mudanças vêm ocorrendo no âmbito da sociedade e que atingem nossas crianças,
jovens e adolescentes que freqüentam a escola.
Diante
das constantes mudanças ocorridas na sociedade é pertinente refletirmos sobre a
organização do espaço escolar dentro de uma “sociedade técnica científico-informal”.
Um
espaço escolar, capaz de fazer frente a essas inovações na sociedade
capitalista (neoliberal) que conseqüentemente modificam as relações entre as
pessoas, tornando-as mais estimuladas a competir entre si mesmas.
Arte com a prof.Diva de Lourdes, alunos da E.E.Benício Prates
A
ótica neoliberal impulsiona os indivíduos a darem o máximo de si mesmo para
conseguirem sair da margem do contexto social dos excluídos, e serem inseridos
num ambiente que para eles é mais cômodo, mesmo que o custo dessa transposição
seja a exploração de sua mão-de-obra e de “quem cumpre seu dever (...), quem
trabalha com a força e energia de maneira responsável (...) ocupando sem
reclamar, seu lugar na pirâmide social” (GANDIN, 1994, p.14).
Quadra da E.E.Benício Prates, C.de Jeus/MG.
A quadra, que é um espaço de lazer e recreação para os estudantes. É também um ótimo espaço para educar em arte, pois Educar em arte pode traduzir um veio de resistência e representatividade social, pois, mantém a criança livre para expressar, através de seu corpo, linhas e pincelada, idéias, sentimentos e capacidades, possibilitando chances de desenvolver sua autonomia, auto-estima e segurança para falar e expressar suas idéias.
Outro aspecto que merece destaque é a revolução informacional, que visa a
expansão e apropriação de aspectos culturais e informacionais, que de forma
minuciosa (re) modifica o contexto de relação entre famílias-família, indivíduos-indivíduo,
educando (a)-escola, indivíduo-sociedade, deixando-os serem domesticados pelas
informações midiáticas.
A
informação é necessária, mas ela vem exercendo um domínio cada vez mais forte
sobre as pessoas, cada vez mais escravizada por ela. Informação não é sinônimo
do conhecimento, por si só ela não propicia o saber.
A valorização e o respeito ao Meio Ambiente na própria escola, sob a direção de Roberto Ramos Nobre
A
informação é um caminho de acesso ao conhecimento (...), mas ela precisa ser
analisada e interpretada pelo conhecimento, que possibilita a filtragem e a
crítica da informação de modo que ela não exerça o domínio sobre a consciência
e a ação das pessoas (LIBÂNEO, 2001)
Descobrindo talentos da E.E.B.P (Coração de Jesus/MG)
Neste
contexto social, informacional, devemos estar preparados para depurar as
informações que chegam até nós de forma que possamos extrair destas suas
peculiaridades significativas para a vida social. Mas, o que a organização do
espaço escolar tem haver com essas mudanças ocorridas na sociedade?
A Valorização do espaço na construção da cidadania. Uma bela horta na escola alimenta e educa os alunos.
A escola, por sua vez tem um papel de grande influência
na construção de um indivíduo capaz de agir-refletir-agir sobre essa “nova”
sociedade, na construção e articulação de sua própria história, como sujeito e
não como mero expectador .
Uma
escola que eduque para o exercício da cidadania, que vise à transformação.
A beleza da matemática na nossa vida
Diante
da grande responsabilidade, do compromisso, que a educação exerce na formação
cognitiva, social… numa ação recíproca entre educadores(as)-educando(as) e
vice-versa, é preciso que esta não ande em descompasso com a temporalidade, com
as inovações técnicas, científicas, informacionais, culturais… que atingem a
todos(as) como um todo.
Educar em arte é também atuar com o meio ambiente, transformar o social, resistir ao conformismo e aprender a utilizar os problemas como desafios de superação. Disponibilizar o acesso a diferentes linguagens e materiais, desenvolver técnicas vislumbrando as inúmeras formas que podem ser criadas, Formas essas que refletirão as ânsias, os prazeres, a imaginação e as frustrações de cada grupo ou indivíduo. Formas que possibilitem a descoberta de novas formas e possibilidades para outros projetos. E que não sejam formas pré-definidas pelo professor, pois chegar a um produto final uniforme e igual para todos os indivíduos de um grupo é matar as possibilidades estéticas particulares e reproduzir um modelo opressor de produção mecanizada que não leva em consideração os pluralismos.