Como passear pelo
norte do Brasil
Eu (Selma Galiza), Carlos(esposo) e Kesley(filho) |
Vou contar aqui nesta matéria, minha experiência de visitar a região norte do Brasil.
No início, pensei ser uma viagem
pacata, mas agradável por gostar muito de estar em contato com a natureza.
Quando falei para meus filhos desta minha aventura, Katyane, minha menina, foi
logo me dizendo, “ está pretendendo contrair uma febre amarela!!!!...”E assim
com outros amigos que achavam graça... diziam eles, “da minha coragem”.
Tão
grande foi minha surpresa, pela facilidade, quando reservei um hotel no centro
histórico de Manaus/AM através da Booking e minhas passagens aéreas pela Gool,
digo minhas, porque fui acompanhada por meu marido e nosso filho Kesley, que
por estudar veterinária aceitou aventurar-se conosco.
Saímos de Montes Claros/MG e
pegamos um vôo, aeroporto de Congonhas em Belo Horizontes/capital até o
aeroporto de Galeão no Rio de Janeiro/RJ de onde partimos para Manaus/AM.
Como o Aeroporto
Internacional de Manaus – Eduardo Gomes fica um pouco afastado do centro
histórico, chamamos a Uber, e em poucos minutos estávamos no hotel.
Porto Fluvial de Manaus/AM |
A sumaúma é a maior árvore da Amazônia e uma das maiores do mundo. Chega a ter 60 metros de altura e 40 metros de copa. |
Logo na manhã, após um delicioso
café, preparado com a culinária regional, “aquela tapioca com creme de cupuaçu”,
saímos para o Porto de Manaus que ficava bem pertinho, com objetivo de procurar
uma agência de turismo e combinar passeios. Mas nada disso foi necessário.
Assim que chegamos ao Porto, margem do rio Negro, lugar que arranca suspiro de
tanto lindo, vários agentes procuravam-nos oferecendo pacotes a todo preço.
Rio Negro/Manaus |
Navegando pelo Rio Negro |
Escolhemos este passeio logo no
primeiro dia e foi uma delícia, ótimo pra ter o primeiro contato com a selva.
Os locais visitados ficam mais próximos de Manaus e são todos bem organizados e
com bastante estrutura turística. O passeio é um combinado bem completo com
várias atrações típicas da floresta. Compramos o tickt, entramos no catamarã e
partimos.
Encantada com o encontro do Rio Negro e Solimões!!! |
A primeira parada foi no encontro
das águas. Depois, o barco passa em uma feirinha de artesanato, onde alguns
moradores locais levam bichos como preguiças, macaquinhos, cobras e
até um jacaré para os turistas tirarem fotos (mas, pra ser sincera
fiquei com dó dos bichinhos que passam de colo em colo o dia todo). A próxima
parada já é no restaurante flutuante onde almoçamos um buffet com
comidas típicas da região… delicioso!! No mesmo local, tem uma passarela que
leva para uma lagoa cheia de vitórias-régias e no caminho dá pra ver
muitos macaquinhos soltos na floresta que são atraídos pela
curiosidade ao ver os turistas e por serem acostumados a receber comidas nestas
visitas.
Encontro do Rio Negro e Rio Solimões em Manaus/AM |
Restaurante flutuante no Rio amazonas |
O passeio segue pelos igarapés,
um curso de rio bem estreito com floresta dos dois lados, até chegar no local
onde nós nadamos com o boto cor de rosa. É uma experiência única na vida!
Muito bom mesmo!
A última visita é em uma aldeia
de índios. Eles mostram algumas danças típicas e explicam um pouco sobre sua
cultura… Acho que essa foi uma das partes que eu mais gostei. Fiquei encantada
e emocionada. Até dançamos com a tribo...”pezinho praça...pezinho pralá...”
Fazendo trilhas pela Floresta Amazônica ao encontro da Vitória-régia |
Oca na aldeia dos índios Pataxós |
Este passeio é uma ótima pedida
pra quem tem curiosidade de conhecer a selva, mas não quer passar a noite por
lá ou não tem tanto tempo em Manaus. Os locais visitados são lindos, tem um
guia que nos acompanha e passa todas as informações sobre os pontos, tudo era
bem seguro e o almoço era uma delícia!
Em plena Floresta Amazônica |
FAZENDO TRILHA PELA FLORESTA
AMAZÔNICA
Como José Carlos, meu marido, é
professor de Ed.Física, fazer trilhas seriam essenciais e obrigatório para
completar esta aventura pelo norte. E assim fomos os três, no dia seguinte e em
outros dias também, caminhar em meio a Floresta Amazônica. Cada dia um pouco, e
em cada caminhada uma surpresa deliciosa...Eu jamais havia imaginado que
caminhar dentro da Floresta fosse tão agradável. Quero repetir...
Folhas de uma floresta latifoliada, a Floresta Amazônica |
Pão de índio, frutas da Floresta Amazônica |
Árvore gigante da Floresta Amazônica |
Selma e Kesley apreciando uma pedra de torrar farinha. |
frutos da Floresta Amazônica |
Floresta alagada |
O ENCONTRO DAS ÁGUAS E AS PRAIAS
DO NORTE
Vitória-régia |
O encontro das águas é um
fenômeno natural facilmente visto em muitos rios da Amazônia. Os fatores para
isso ocorrer na região variam desde questões geológicas, climáticas, termais ou
até mesmo o tamanho ou a acidez dos rios. Os rios Negro e Solimões correm
juntos por 6 km até formar o Rio Amazonas
Foi um dos passeios imperdíveis
que fizemos na maior metrópole da Floresta Amazônica.
Poucos sabem, mas Manaus oferece
mais de uma dezena de praias.
Nadando com os botos cor-de-rosa no rio Negro em Manaus/AM |
Praia da Ponta Negra em Manaus/AM |
Praia da Lua ( rio Negro ) |
Largo de São Sebastião em Manaus/AM |
Teatro Amazonas em Manaus/AM |
O teatro oferece visitas
guiadas que contam sua história e remetem às suas diversas fases até
chegar nos dias de hoje. Adoramos fazer esta visita. Assistimos também uma
apresentação no domingo à noite. Foi muito lindo!!!
Mercado Municipal Adolpho Lisboa em Manaus/AM |
Visitamos também a Feira da
Banana.
A Torre
Torre de Observação da Floresta Amazônica no MUSA |
MUSA : Museu da Amazônia
É um museu a céu aberto que fica
dentro de uma Reserva Florestal e divide espaço com o Jardim Botânico de
Manaus. Lá tem algumas trilhas guiadas pelo meio da floresta, onde ficamos em
contato direto com a fauna e a flora local e com os bichos que podem
ser avistados pelo caminho. Visitamos também um borboletário experimental,
bem bonito e com várias espécies diferentes de borboletas.
Selma Galiza |
Isso sem falar na atração mais
famosa do MUSA: uma torre com
42 metros de altura (o equivalente a um prédio de 14 andares) que fica acima da
copa das árvores! Na verdade a torre tem 3 plataformas e visões diferentes. Na
primeira a gente vê os troncos das árvores e, segundo nossa guia, é o melhor
local pra ver alguns bichos como a preguiça . Na segunda a gente já está na altura
das copas, onde é bom pra avistar pássaros, e na terceira subimos acima
das árvores e conseguimos avistar Manaus de um lado e uma floresta imensa
do outro… É muita árvore! O passeio é super bonito e vale muito se você tiver
um tempinho sobrando…
Museu do Seringal
Selma e Carlos no Museu do Seringueiro em Manaus/AM |
É assim que apura a borracha |
Nós adoramos ter conhecido este
museu! Na verdade ele é uma casa restaurada que serviu de cenário para a
gravação do filme “A Selva”, de Leonel Vieira (uma adaptação da obra do
escritor português Ferreira de Castro), por isso é totalmente decorada com os
móveis e objetos usados na época do ciclo da borracha.
Casa restaurada que serviu de cenário para a gravação do filme “A Selva”, de Leonel Vieira (uma adaptação da obra do escritor português Ferreira de Castro) |
DELÍCIAS QUE PROVAMOS EM MANAUS
Carlos saboreando um Pirarucu |
Feito com tucupi, goma de farinha
de mandioca, folhas de jambu (que amortece a língua) e camarão. Provamos o
tacacá no lugar mais famoso e acolhedor de Manaus, a barraca da Gisela, que fica bem ali na
praça, frente para o Teatro Amazonas.
Cobra Sucuri? |
Bicho Preguiça |
Costela de Tambaqui
Tem um restaurante delicioso
também no Largo de São Sebastião (praça do Teatro) chamado Tambaqui de Banda.
Nós experimentamos uma
sensacional feita com tucupi e castanha do Pará no restaurante Banzeiro,
que é bem famoso, mas um pouquinho mais afastado. Ele já é mais sofisticado e
carinho que os outros, mas vale conhecer!
Suco e sorvete de frutas típicas
Também no Largo São Sebastião tem
uma casa de sucos naturais chamada African House e, na outra esquina, a
sorveteria mais tradicional de Manaus, a Glacial. Experimente os sabores cupuaçu, taperebá (também
conhecido como cajá), tucumã e burití.
Açaí
Lá eles comem tanto o açaí
salgado (sim! com farinha, camarão seco, às vezes peixe..) quanto o doce. Mas
não é bem o doce como nós conhecemos aqui no Sudeste. Pelo menos os que nós
provamos eram adoçados com açúcar (e não com xarope de guaraná) e era servida
com farinha de tapioca, farinha d’água, aquela mais grossa que tem umas
bolinhas (a que é usada pra fazer a tapioca que nós comemos – ou beiju – é
chamada de goma de tapioca, não farinha)… muito diferente né?!
Gostaram desta matéria? Breve aventuras pelo nordeste do Brasil. Beijos |