Festa de São Sebastião em Coração de Jesus/MG.

Em Coração de Jesus/MG.

Embora São Sebastião não seja o padroeiro da cidade de Coração de Jesus/Mg, a comunidade local atribui-se a Ele uma grande quantidade de Milagres e graças alcançadas. É uma adoração antiga e graças aos devotos e à Igreja Matriz é realizada uma grande festa no dia 20 de janeiro, com a presença de cavaleiros e amazonas que surgem de várias localidades em seus animais para prestarem homenagem ao Santo que um dia foi militar e morreu defendendo sua tese.

O município de Coração de Jesus, hoje conta com algumas festas tradicionais às quais atraem um grande público para a cidade. Uma delas é a Festa de São Sebastião, organizada pela Igreja Católica e apoiada por devotos religiosos como D.Abadia Antunes, destaque na coordenação e organização da cavalgada, participação de grandes figuras na história e política do município. Outra á a tradicional vaquejada que acontece sempre no aniversário de emancipação política do município e que promete muito no centenário que completará no dia primeiro de junho deste ano de 2012. Temos também a festa de são Cristóvão, festas juninas, destacando a Festa da Rua de São Pedro, a do bairro Canabrava, e a festa do Sagrado Coração de Jesus com uma grande participação de todas as comunidades com seus padroeiros formando uma só procissão em direção à Igreja Matriz. ( SelmaGaliza)

Um pouco da história real.

De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.

Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixo, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

São Sebastião foi o ícone de várias expressões artísticas. Foi tema de pintores da Renascença. Na literatura, São Sebastião teve sua trajetória contada no livro "Perseguidores e Mártires", do escritor italiano Tito Casini. Ainda na literatura, foi um dos personagens centrais do romance "Fabíola" (também intitulado "A Igreja das Catacumbas"), escrito em 1854 pelo Cardeal Nicholas Wiseman. (Enciclopédia Net)