Reeducação Alimentar.



Reeducação alimentar
A reeducação alimentar é um ótimo aliado do emagrecimento saudável. Confira então uma sugestão de cardápio balanceado e prepare-se para perder 4 kg em uma semana e melhorar a saúde.

Não caia nessa de fazer qualquer dieta em nome do corpo enxuto. É preciso controlar o peso, sim, mas sem comprometer a saúde. Este plano de emagrecimento tem um cardápio balanceado que garante cintura fina sem arriscar o bom funcionamento do seu organismo.
O diferencial está em nove princípios de nutrição que aumentam a longevidade e que você deve ter em mente antes de iniciar o programa. Após uma semana seguindo-os à risca, você elimina até 4 kg e ganha vários benefícios para o corpo. 
Pronta para aderir? 
Então confira as regrinhas básicas e siga o cardápio!

Princípios de nutrição
1. Reduz a quantidade dos alimentos ingeridos
2. Diminua o sal
3. Faça refeições pequenas em vários momentos do dia
4. Monte um prato bem colorido
5. Evite gorduras e açúcares
6. Coma muitas fibras
7. Consuma vitaminas C e E
8. Aumente a ingestão de peixe e linhaça
9. Prefira carboidratos complexos, como pães, bolos, biscoitos, macarrão e arroz feitos com farinha integral.

Sugestão de cardápio
Oferece cerca de 1200 calorias por dia e possui todos os dez princípios de nutrição focados no programa de reeducação alimentar.

Café da manhã
· Segunda-feira
1 iogurte de frutas light + 3 col. (sopa) de aveia + 1 col. (sopa) de gérmen de trigo
· Terça-feira
1 copo de 200 ml de suco natural + 1 fatia de pão de forma integral + 1 col. (chá) de margarina
· Quarta-feira
1 xícara (chá) de fruta picada ou de salada de frutas + 4 col. (sopa) de granola
· Quinta-feira
1 unidade comercial de coalhada desnatada + 2 col. (sopa) de aveia + 1 col. (chá) de mel + 1 col. (sopa) de gérmen de trigo.
· Sexta-feira
½ pão francês sem miolo + 1 col. (chá) de requeijão light +1 copo (200 ml) de leite desnatado + 1 col. (sopa) de linhaça + café com adoçante à vontade + 1 maçã
· Sábado
Vitamina com ½ mamão papaia + 1 copo (200 ml) de leite desnatado + 2 col. (sopa) de aveia + 1 col. (sopa) de mel
· Domingo
2 torradas integrais light + 1 col. (chá) de geléia de fruta light + 1 copo (200 ml) de leite desnatado + café com adoçante à vontade

Lanche da manhã
· Segunda-feira
3 frutas oleaginosas (castanhas do Pará ou de caju, amêndoas, avelãs ou nozes) + 3 frutas secas (damasco, banana, uva, mamão, maçã, abacaxi, ameixa)
· Terça-feira
1 banana pequena + 1 col. (sopa) de linhaça
· Quarta-feira
1 xícara (chá) de chá verde (se quiser, use adoçante) + 1 torrada integral light + 1 col. (chá) de requeijão light
· Quinta-feira
1 barrinha de cereais light
· Sexta-feira
1 barrinha de granola
· Sábado
1 xícara (chá) de chá verde ou preto (com adoçante) + 1 fatia média de queijo minas light
· Domingo
3 biscoitos integrais de aveia + 1 xícara (chá) de chá verde ou preto (com adoçante)

Almoço
· Segunda-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + ½ pepino + 2 col. (sopa) de chuchu refogado + 1 de filé de frango magro (fritar na panela teflon com 1 col. (sopa) de óleo) + 2 col. (sopa) de arroz integral
· Terça-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 2 rabanetes + 2 col. (sopa) de quiabo refogado + 1 bife de carne vermelha + 1 batata média cozida
· Quarta-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1/2 tomate + 2 col. (sopa) de cenoura crua ou cozida + 1 posta de peixe cozida + 2 col. (sopa) de purê de mandioca preparado com mandioca, alho, leite desnatado e pouco sal
· Quinta-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1 prato (sobrem.) de vagem cozida + 1 omelete com 1 ovo e 1 clara + ervas frescas à vontade + 1 fatia de peito de peru + 2 col. (sopa) de mandioquinha refogada
· Sexta-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 3 col. (sopa) de salada de berinjela com pimentão + 2 coxas de frango assadas + 2 col. (sopa) de arroz 7 cereais
· Sábado
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 2 col. (sopa) de seleta de legumes sem batata + 1 filé de peixe grelhado + 2 col. (sopa) de arroz integral + 2 col. (sopa) de feijão
· Domingo
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1 prato (sobrem.) de broto de feijão refogado + 3 col. (sopa)  de macarrão integral à bolonhesa (molho vermelho)

Lanche da tarde
· Segunda-feira
1 porção de fruta com 1 col. (sopa) de linhaça
· Terça-feira
1 unidade de iogurte light + 3 col. (sopa) de aveia + 1 col. (sopa) de gérmen de trigo
· Quarta-feira
1 xíc. (chá) de fruta picada ou salada de frutas + 3 col. (sopa) de granola
· Quinta-feira
1 barra de cereal light (pode ser com chocolate)
· Sexta-feira
3 minis pães-de-queijo + 1 xíc. (chá) de chá verde ou preto
· Sábado
3 castanhas do Pará + 1 xíc. (chá) de chá verde ou preto
· Domingo
1 copo (200 ml) de suco de frutas natural (opte por abacaxi, morango ou maçã, evitando laranja) + 1 col. (sopa) de linhaça + 2 frutas secas (ameixa ou damasco)

Jantar
· Segunda-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1 concha de estrogonofe com molho de soja + ½ batata cozida + 1 pires de brócolis cozidos
· Terça-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + sopa de legumes com 1 porção de peito de frango cozido e desfiado
· Quarta-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1 pão sírio pequeno + 1 fatia de peito de peru + 1 fatia fina de queijo minas light + 1 tomate + 1 col. (sopa) de requeijão ou creme cheese light
· Quinta-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1 porção de quibe assado + 2 col. (sopa) de couve-flor refogada
· Sexta-feira
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 2 col. (sopa) de beterraba cozida + 1 ovo e 1 clara cozidos + 2 col. (sopa) de grão-de bico
· Sábado
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 1 berinjela recheada com carne moída e duas azeitonas (sem fritar, opte por aquecê-la no forno) + 2 col. (sopa) de arroz integral
· Domingo
Salada verde à vontade (alface, rúcula, acelga, agrião, repolho, almeirão, espinafre, couve) + 2 fatias de lagarto cozido + vinagrete de 1 tomate com ½ cebola + 2 col. (sopa) de ervilha cozida

Ceia
· Segunda-feira
1 barra de cereal
· Terça-feira
2 torradas integrais light + geleia de fruta light ou diet ou requeijão light
· Quarta-feira
2 fatias finas de queijo minas frescal light
· Quinta-feira
1 porção de fruta (abacaxi ou melão) com 1 col. (sopa) de linhaça
· Sexta-feira
1 taça pequena de salada de frutas sem adoçar
· Sábado
1 iogurte desnatado com gotas de baunilha ou canela com 1 col. (sopa) de linhaça
· Domingo
1 copo de leite desnatado

Importante
Durante o regime, não consuma:
· Carnes gordas, pele de frango.
· Sucos artificiais em pó.
· Frituras em imersão (batata frita, bife à milanesa, pastel).
· Alimentos gordurosos (creme de leite, chantilly, coco e leite de coco, toucinho).
· Itens embutidos e defumados (bacon, salame, carnes, queijos, salsichas).
· Massas folhadas, biscoito recheado e amanteigado, croissant, massa podre (empadas e tortas).
· Refrigerante, mesmo o light (pois pode causar celulite).
· Bebidas alcoólicas.
· Bala - é permitida apenas chiclete sem açúcar.

Cisto nos ovários




Conceito
O cisto no ovário, ou cisto ovariano, é uma bolsa cheia de líquido que se forma dentro ou ao redor do ovário. Ele pode ser benigno ou maligno, frequentemente é assintomático, mas podem necessitar de tratamento cirúrgico para sua remoção.
As causas dos cistos nos ovários não são totalmente esclarecidas mas eles podem estar relacionados a alterações hormonais.
Ter um cisto no ovário geralmente não é grave, e esta é umas situações relativamente comuns, estando presente em muitas mulheres dos 15 aos 35 anos de idade.

Causas
Todo mês, durante o ciclo menstrual, um folículo (onde o óvulo está se desenvolvendo) cresce no ovário. Na maioria dos meses, um óvulo é liberado deste folículo (o que chamamos de ovulação). Se o folículo não conseguir abrir e liberar o óvulo, o líquido permanece dentro dele e origina um cisto. Isto é chamado de cisto folicular.
Um outro tipo de cisto, chamado de cisto de corpo lúteo, ocorre após o óvulo ter sido liberado de um folículo. Esses geralmente contêm uma pequena quantidade de sangue.
Os cistos no ovário são comuns e ocorrem com mais frequência durante a idade fértil da mulher (da puberdade até a menopausa). Os cistos ovarianos são menos frequentes após a menopausa.
Não foram descobertos fatores de risco.
Cisto funcional não é a mesma coisa que tumores ou cistos de ovário (inclusive câncer de ovário) decorrentes de situações hormonais como a doença ovariana policística.
O uso de medicamentos para fertilidade pode provocar a hiperestimulação dos ovários, na qual múltiplos cistos grandes são formados nos ovários. Estes geralmente desaparecem após a menstruação ou após a gravidez.

Exames
Seu médico pode descobrir um cisto durante um exame físico ou em uma ecografia solicitada por outra razão.
A ecografia é realizada em muitas pacientes para diagnosticar um cisto. O médico pode pedir para vê-la novamente em 4 a 6 semanas para certificar-se de que o cisto desapareceu.
Outros exames de imagem que podem ser realizados:
Tomografia computadorizada
Estudos de fluxo com doppler
Ressonância magnética
O cisto no ovário pode ser sentido em um exame pélvico.
Seu médico pode solicitar os seguintes exames de sangue:
Exame CA 125, para buscar um possível câncer em mulheres que atingiram a menopausa ou para as quais um exame de ultrassom detectou irregularidades
Níveis hormonais (tais como LH, FSH, estradiol e testosterona).
Teste de gravidez (HCG).

Sintomas de Cisto de ovário
Os cistos no ovário frequentemente não apresentam sintomas. Os sintomas que ocorrem normalmente são dor ou atraso no período menstrual.
É provável que um cisto ovariano cause dor se:
Aumentar de tamanho
Sangrar
Romper-se
Sofrer uma colisão durante a relação sexual
For torcido ou provocar a torção das trompas de Falópio.
Entre outros, os sintomas dos cistos ovarianos são:
Inchaço no abdômen.
Dor ao evacuar.
Dor na pélvis pouco antes ou depois do início do período menstrual.
Dor durante as relações sexuais ou dor pélvica ao mover-se.
Dor pélvica - dor leve e constante.
Dor pélvica súbita e forte, frequentemente acompanhada de náusea e vômito, podendo ser um sinal de torção do suprimento sanguíneo do ovário ou de ruptura de um cisto acompanhada de sangramento interno.
Os cistos foliculares não costumam provocar alterações nos períodos menstruais, sendo mais frequentes com cistos de corpo lúteo. Alguns cistos podem provocar nódoas ou sangramentos.

Buscando ajuda médica
Marque uma consulta com seu médico se:
Apresentar sintomas de cistos no ovário.
Apresentar dor severa.
Apresentar sangramentos anormais.
Faça o mesmo, caso os seguintes sintomas tenham se apresentado com frequência em um período de duas semanas:
Sensação de satisfação quando mal começa a comer.
Perda de apetite.
Perda de peso involuntária.

Tempo de Festas!





O mundo está em suas mãos. Tenha coragem e determinação para transformar momentos difíceis em grandes desafios, buscando na solidariedade um passo para dias melhores. Que o grande potencial da humanidade revele-se em cada um de nós para o início de um novo ano
E que cada dia de nossa vida, aprendamos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivem algo novo. Que o novo ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma bênção de Deus.
Abraços de Selma Galiza!

O "7 de Setembro" em Coração de Jesus-Mg/Brasil

Desfile das E.E.Benício Prates e E.E.Cel.Francisco Ribeiro
 Apresentação da E.E.Benício Prates
                                     
Apresentação da E.E.Coronel Francisco Ribeiro
 O Dia da Independência chega quase três meses após a onda de protestos que tomou as ruas do país. Enquanto vários  grupos, como o Grito dos Excluídos e o Movimento Brasil Contra a Corrupção,  protestavam em quase todos os Estados do Brasil, o município de Coração de Jesus prestigiava uma das mais lindas manifestações cívicas organizadas pelos professores da  E.E. Benício Prates e E.E. Coronel Francisco Ribeiro, demonstrando que cidadania se constrói através de atos não violentos e prazerosos de serem vistos.
                                                  Fanfarra da E.E.Benício Prates
            Os alunos das duas escolas apresentaram temas que ressaltou a importância da Independência do Brasil, destacando a história da participação popular, principalmente da juventude em todos os momentos desta luta, desde os movimentos inconfidentes até os dias atuais, consagrando o Brasil nosso de cada dia. A riqueza, a cultura, os movimentos populares, o futebol, artes, importância da educação de hoje para a formação de cidadãos do amanhã, saúde como um direito de todos, justiça necessária...

       Fanfarra da E.E.Cel Francisco Ribeiro  
 Foi retratado também que a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou uma nação e que  após muitos anos de ditadura e silêncio forçado a população se organiza para um dos maiores movimentos sociais, “Diretas já”. Frase dita e que já se torna realidade no nosso país, “o dia em que o povo acordar, os governantes não dormirão”. “A juventude é a porta pela qual o futuro entra no mundo”. “Corrupção não é invenção do Brasil, mas a impunidade é bem nossa”. 
                              E.E.Benício Prates          

 No discurso proferido durante a abertura do evento, “O desfile de Sete de Setembro resgata a nossa história e ressalta o quanto foi e continua sendo importante para o Brasil a sua independência” afirmou o Diretor Roberto Ramos Nobre (E.E. Benício Prates) e Diretor João Pinheiro Veloso (E.E.CEL.Francisco Ribeiro). E ainda, “A educação é um patrimônio que ninguém retira do jovem... Bens materiais perdem seus valores” (Prefeito Dr.Pedrinho). “O desfile cívico do dia 7 de Setembro serve justamente para lembrar uma data que simboliza a autonomia conquistada e a determinação do povo brasileiro. E isto faz parte da nossa história”.
      Concentração na Pça.Dr.José Carlos de Lima  
 Parabéns Diretores, professores, alunos e todos que de uma forma ou de outra contribuíram para que este evento acontecesse. Isso faz com a que a população não esqueça e que as futuras gerações compreendam o que foi a luta pela nossa independência, conscientizando-se de que ela não pode parar, pois o Brasil é Nosso.



                     E.E.Cel.Francisco Ribeiro
COMO TUDO ACONTECEU

No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que governava e Portugal. Em outras palavras, ele proclamou a Independência do Brasil.

Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de D. Pedro I.

Resumidamente, a conquista da independência do nosso país poderia ser contada dessa forma, mas a história não é tão simples assim. Começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial e a chegada da corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira.

                     E.E.Cel.Francisco Ribeiro
Os motivos da separação
Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio.

Diversas revoltas - a exemplo da Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, aliadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar suas supremacia comerciais, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano seguinte, o parlamento português obrigou D. João VI a jurar lealdade à Constituição e a voltar para Portugal. Seu filho dom Pedro foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.

                       E.E.Cel.Francisco Ribeiro
O ROMPIMENTO
As pressões contra o controle de Portugal cresceram na colônia, e a metrópole passou a exigir a volta de dom Pedro. O príncipe deu sua resposta a Portugal no dia 9 de janeiro de 1822 (Dia do Fico), com a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".

Iniciou-se um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, pela permanência dos vínculos com Portugal, mantendo um pouco de autonomia para o Brasil. Queriam uma independência sem traumas, mas as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis. Dom Pedro, então, se viu pressionado a oficializar o rompimento.

 
                            E.E.Benício Prates
Foi assim que, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento com as cortes de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal. 


Em represália, os portugueses anularam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, enviou tropas à colônia e exigiram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma carta com as exigências das cortes e reagiu proclamando a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, que tinham juntado governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em meados do ano seguinte, depois de muitos conflitos entre a população e os soldados portugueses.
 
                             E.E.Benício Prates
 No início de 1823, houve eleições para a Assembleia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do império brasileiro, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembleia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Estado e outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por D. João VI.

Manifestações Populares


Manifestações populares em Minas Gerais

Em 7 dias de protestos pelas ruas de Belo Horizonte, o movimento acumulou um saldo positivo: pronunciamentos do Governador Antônio Anastasia e do Prefeito Márcio Lacerda anunciando reduções de tarifas (já avaliadas como insuficientes pelo Movimento), fez com que o Ministério Público Estadual estabelecesse um espaço de discussão onde a política de repressão do estado é abertamente denunciada (Comissão de Prevenção a violência nas manifestaçoes populares), pautou os problemas da cidade e do estado. Tudo isso aconteceu sem investir um centavo sequer em publicidade paga e sim pela manifestação popular.
Ainda, estabeleceu um espaço de discussão e deliberação coletivas dos rumos do movimento através da Assembleia Popular, pautou o questionamento da Copa x políticas públicas no país e no estado. Também influenciou a realização de vários protestos no interior do estado.
 
Comunidade do bairro Bom Jesus, em Coração de Jesus/Mg pede justiça por jovem assassinado inocente.
Há muitos outros desafios e demandas que precisam de respostas. Mas até aqui, tudo o que aconteceu demonstra que é mobilização de rua e manifestações de denúncia os melhores instrumentos de pressão. Resgata a participação direta dos cidadãos e nega o discurso de que não adianta nenhuma atuação coletiva. Nos dá uma clara lição de que é possível modificar a realidade.

GRUTAS EM CORAÇÃO DE JESUS/MINAS GERAIS - BRASIL.


Os alunos da E.E.Benício realizam uma aula de campo até à Gruta Madame Cassu em Coração de Jesus/MG.


Existem mais de 100 grutas no município de Coração de Jesus/Mg. Quase todas ainda não foram exploradas e apresentam uma beleza natural difícil de ser encontrada em outras regiões. Além do sítio arqueológico onde foram encontrados os fósseis de dinossauros, o Tapuiassauro que viveu nestas terras a milhões de anos atrás, o município de Coração de Jesus/Mg também possui vários outros pontos turísticos que podem ser explorados. Dentre eles, a Gruta Madame Cassu, descrita e registrada abaixo por alunos da E.E.B.Prates, durante uma aula de campo ministrada pela professora de Geografia Selma Galiza e Mary Nobre, professora de Biologia e Ciências, com a participação do arqueólogo Ubirajara Alves Macedo que em todo o momento, luta para resgatar e levar a público a cultura e maravilhas naturais do município. Participaram também da aula de campo os professores Walder (Matemática), Eva Amaral (Química), Ivana augusta (Geografia e História), Maria Auxiliadora (História), Doladey França (Português), Cristina Alves (Ciências), Laura ( ... ), Yure (ASTB), José Carlos (Educação Física), CB Alex Ney (IBAMA), também preocupados em resgatar e divulgar  as belezas naturais do município de Coração de Jesus/Mg, além de explorarem em suas aulas o verdadeiro significado de cidadania e a preocupação constante que temos com  o Meio ambiente em geral. Neste Projeto que estamos desenvolvendo, “Água: recurso finito e Sustentabilidade ambiental” iremos explorar mais algumas maravilhas do nosso município. Breve estaremos publicando nossos resultados  e conclusões de tudo que está sendo observado e estudado nas diversas disciplinas.


Formação das Grutas
Gruna ou gruta (do latim vulgar gruta, designação de crypta) é toda a cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Em alguns casos essas cavidades também podem ser chamadas de caverna (do latim cavus, buraco), tocas, lapas, abrigos.etc...
Gruta Madame Cassu em Coração de Jesus/MG.
Os termos relativos a grutas geralmente utilizam a raiz espeleo, derivada do grego spelaios (caverna).
O Sr. Ubirajara Alves Macêdo explica para os alunos, curiosidades sobre a gruta de Coração de Jesus/Mg.
As grutas podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões. Ocorrem com maior frequência em terrenos formados por rochas sedimentares, mas também em rochas ígneas e metamórficas, além de geleiras e recifes de coral. São originárias de uma série de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, tectônicas, biológicas e atmosféricas. Devido às condições ambientais exclusivas das grutas, o seu ecossistema apresenta uma fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetação nativa. Outros animais, porém, como os morcegos, podem transitar entre o interior e exterior.
Durante o percurso até à Gruta, os alunos observam como são formados os bairros da cidade e a vegetação regional acompanhados pelos professores, nesta foto : Mary(ciências e biologia), Doladey ( português) Selma ( geografia) Bira ( arqueólogo).
As grutas foram utilizadas, em idades remotas, como ambiente seguro e morada para o homem primitivo, fato comprovado pela imensa variedade de evidências arqueológicas e arte rupestre encontrados no seu interior.
As grutas são estudadas pela espeleologia, uma ciência multidisciplinar que envolve diversos ramos do conhecimento, como a geologia, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia.

 
Alunos da E.E.B.P exploram todos os lados da gruta Madame Cassu.

Formação
De acordo com a sua formação, as grutas dividem-se em dois grupos: Primárias e as Secundárias.

Grutas primárias
São grutas primárias aquelas cuja formação é contemporânea à formação da rocha que a abriga.
Tubos de lava são exemplos de grutas primárias.

Grutas vulcânicas
Em regiões com vulcanismo ativo, a lava escoa para a superfície através de um fluxo contínuo. A lava escoa por canais à medida que o fluxo arrefece e solidifica, formando os chamados tubos de lava muitas vezes de vários quilômetros de extensão. Em alguns casos, após o vulcão se tornar inativo, esses tubos ficam vazios e preservados formando cavidades acessíveis do exterior. Também podem ser formadas pela existência de bolsas de ar ou outras irregularidades no magma durante o seu escoamento ou arrefecimento. Nestas grutas costumam formar-se salas ou canais de pequenas dimensões. As grutas de lava não possuem formações exuberantes como as grutas criadas por dissolução química. Em geral possuem paredes lisas e uniformes.
 
Interior da gruta Madame Cassu em Coração de Jesus/MG.
Grutas de coral
Cavidades criadas durante o crescimento de recifes de coral, uma vez calcificados e litificados os corais. Essas cavidades podem ser preservadas e em alguns casos formam galerias ou salões penetráveis de pequenas dimensões dentro do recife.
Grutas secundárias
Grutas secundárias são aquelas que se originam após a formação da rocha que as abriga. É o caso mais comum de formação de grutas e que envolvem os mais variados processos de formação.
Grutas cársicas
O processo mais frequente de formação de grutas é a dissolução da rocha pela água da chuva ou de rios, um processo também chamado de calcificação. Este processo ocorre num tipo de paisagem chamado carso ou sistema cársico, terrenos constituídos predominantemente por rochas solúveis, principalmente as carbonáticas (calcário, mármore e dolomitos) ou outros evaporitos, como gipsita. As regiões cársicas costumam possuir vegetação cerrada, relevo acidentado e alta permeabilidade do solo, que permite o escoamento rápido da água. Além de grutas, o carso possui diversas outras formações produzidas pela dissolução ou erosão química das rochas, tais como dolinas, furnas, cones cársicos, canyons, vales secos, vales cegos e lapiás.
 
 Aula de campo na Gruta Madame Cassu em Coração de Jesus/Mg.
Fase inicial da espeleogénese.
A rocha calcária possui diversas fendas e faturas por onde as águas superficiais escorrem em direção ao lençol freático.
O processo de calcificação ou dissolução química é resultado da combinação da água da chuva ou de rios superficiais com o dióxido de carbono (CO2) proveniente da atmosfera ou das raízes da vegetação. O resultado é uma solução de ácido carbônico (H2CO3), ou água ácida, que corrói e dissolve os minerais das rochas. O escoamento da água ácida ocorre preferencialmente pelas fendas e planos de estratificação. Os minerais removidos combinam-se ao ácido presente na água e são arrastados para rios subterrâneos ou para camadas geológicas mais baixas, onde se podem sedimentar novamente. Em outros casos podem ser arrastados para fora por rios que ressurgem e passam a correr pela superfície. As fendas aos poucos se alargam e tornam-se grandes galerias.
 
Durante o percurso da aula de campo até à Gruta Madame Cassu atravessamos o rio Canabrava. Rio que banha a cidade de Coração de Jesus/Mg e que hoje tem seu potencial hídrico reduzido devido ao desmatamento e aproveitamento da água em sistemas de irrigação.
Fase intermediária.
A água corrói e carrega os sais removidos da rocha, formando galerias ao longo de fratura e camadas de estratificação. O rio superficial pode se tornar subterrâneo após a formação de um sumidouro e deixa um vale seco no terreno por onde corria.
Quando o nível freático baixa naturalmente devido à dissolução e aumento de permeabilidade de camadas inferiores, as galerias formadas esvaziam-se. Em muitos casos, tetos que eram sustentados pela pressão da água podem-se desmoronar, formando grandes salões de abatimento. Estes desmoronamentos podem levar ao rebaixamento do solo acima dos salões, o que cria dolinas de colapso (dolina de abatimento). Em alguns casos, essas dolinas abrem-se totalmente até o nível da sala, resultando numa entrada da gruta (dolina-algar). Outras entradas podem ser formadas em sumidouros (pontos em que rios entram no solo formando rios subterrâneos) ou insurgências (pontos de saída da água subterrânea).
Fase avançada.
O nível freático rebaixado deixa as galerias secas. O teto em alguns troços cede, formando salas de abatimento que ficam cheias de detritos. O solo da superfície baixa sobre os pontos em que ocorreram colapsos (dolinas de abatimento) ou pela dissolução do solo (dominas de subsidência). Espeleotemas começam a formar-se nas galerias e salas.
A calcificação nessas galerias passa a ser construtiva, ou seja, a sedimentação dos minerais dissolvidos na água passa a construir formações no interior da caverna. Quando a água atinge as galerias secas através de fendas ou pela porosidade difusa das rochas (exsudação), o gás carbônico é libertado para a atmosfera e a calcita ou outros minerais dissolvidos precipitam-se, criando formações de grande beleza, chamadas coletivamente de espeleotemas.
Embora haja grutas formadas de diversas rochas carbonadas, as rochas calcárias são mais estáveis e resistem mais a desabamentos que as dolomitas ou gipsitas. Por essa razão a maior parte das grutas de dissolução existentes atualmente são calcárias.
 
José Carlos Martins (Ed.Física), Selma Galiza (Geografia), Walder (Matemática), Ubirajara Macêdo (Arqueólogo), D.Zelita (proprietária do terreno onde fica a Gruta), Mary Nobre (Biologia), Doladey França (Português), Eva Amaral (Química), Maria auxiliadora (História), Ivana (Geografia e História), Cristina Alves (Ciências) , CB Alex Ney (policial do IBAMA).
Professores e especialistas que acompanharam os alunos durante a aula de campo até a Gruta Madame Cassu em Coração de Jesus/Mg. 

Grutas de colapso e erosão mecânica
Alguns minerais não são solúveis em água e não permitem que o processo de calcificação ocorra. Por exemplo, os quartzos, sílicas e argelinos são pouco solúveis e rochas compostas principalmente por esses minerais, como granitos e arenitos, não permitem a formação de relevo cársico a não ser em condições muito especiais, como por exemplo, o clima semiárido. Neste tipo de rochas, podem ocorrer cavidades formadas por fratura ou colapsos resultantes de atividade tectônica como terremotos e dobras da rocha. Grutas de colapso também podem ocorrer quando uma camada solúvel abaixo de uma camada de granito ou arenito é dissolvida e remove a sustentação das camadas superiores. As fraturas resultantes dos dois processos podem eventualmente atingir grandes dimensões e quando se estendem até à superfície, permitem a visitação. Se esta fissura está total ou parcialmente abaixo do nível freático, a água pode aumentar a caverna por erosão mecânica, mas não por dissolução. Em muitos casos as grutas de arenito podem ser expandidas também pela erosão eólica. Grutas desse tipo são muito estáveis e em geral são originadas por processos geológicos mais antigos que as grutas por dissolução química.
Como o processo de formação e crescimento dessas grutas não é químico, elas não costumam possuir espeleotemas, a não ser em raros casos em que uma camada de rocha carbonada esteja acima da caverna. Em condições especiais, podem ocorrer espeleotemas de sílica em grutas de arenito, como os presentes na Gruta do Lapão e na Gruta do Riachinho, na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil.

Grutas de gelo
Gruta de gelo é o nome dado a algumas grutas de rocha, formadas por qualquer dos processos descritos acima, que podem localizar-se em regiões muito frias do globo e possuem temperaturas abaixo de 0°C durante todo o ano em pelo menos uma parte da sua extensão. Estas grutas têm o seu interior congelado ou com a presença de precipitações de gelo tornando-as tão exuberantes como as grutas cársicas.
Grutas glaciares
Este tipo especial de caverna não é formado na rocha, mas no gelo de glaciares. A passagem da água da parte superior da geleira para o leito rochoso produz tubos que podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical. Embora durem muitos anos, estas grutas são instáveis e podem desaparecer completamente ou mudar de configuração ao longo dos anos. Ainda assim podem ser utilizadas para estudar o interior das geleiras e são valiosas por permitirem o acesso a amostras de gelo de diversas idades, usados em estudos de paleoclimatologia.
Grutas marinhas
Grutas marinhas podem ser totalmente submersas no leito oceânico ou formações parcialmente submersas em falésias rochosas da costa. As primeiras são abismos ou fendas que podem atingir grandes profundidades e são visitáveis por mergulhadores ou robôs submersíveis. Estas grutas em geral, são de origem tectônica.
Grutas de costa podem resultar de diferentes processos. Um deles é a erosão mecânica das ondas que abre cavidades na rocha. Em alguns casos, pode abrir-se outra extremidade no lado da terra e permitir o acesso por ambos os lados. Grutas formadas por processos tectônicos ou dissolução química podem-se tornar parcialmente submersa com o rebaixamento do terreno ou pelo aumento do nível do mar. Também é possível que rios subterrâneos originários de grutas cársicas próximas à costa desaguem diretamente no mar, abrindo passagens entre a terra e o oceano. Nestes casos também pode ser possível o acesso por ambas as extremidades. Algumas dessas grutas podem atingir grandes extensões.
 
No interior da Gruta Madame Cassu existe pouca luminosidade ou quase nenhuma se totalmente dentro da gruta. Os alunos foram equipados com lanternas para conseguirem observar os detalhes da gruta e ficaram encantados com a beleza natural da formação calcária existente lá.
Origem das Grutas
As grutas constituem um atrativo natural, proporcionando cenas agradáveis à visitação pública e uma fonte de controvérsias científicas para geólogos naturalistas e espeleólogos, especialistas que as estudam.
A formação de uma gruta depende do trabalho químico e mecânico das águas subterrâneas e propriedades físicas do terreno.
 
Durante o percurso os alunos observaram as palmeiras de côco Macaúbas, o cerrado, a caatinda e áreas exploradas para pastagens e criação de gado próximo à Gruta Madame Cassu em Coração de Jesus/MG.
Formação de grutas calcárias
Na formação de grutas calcárias dois agentes atuam: os agentes químicos e os agentes físicos, sendo que, percentualmente, esta atuação pode ser considerada à razão de 90% e 10% respectivamente.
Como o nome já indica, a gênese de uma gruta calcária é estudada à partir de sua constituição: a dissolução e alteração do calcário através de processos químicos realizam-se através do dióxido de carbono dissolvido na água e mais oxigênio, diversos ácidos e produtos orgânicos que provém do solo.
Essa dissolução do calcário acontece devido a infiltração de águas e em nível próximo ao lençol freático. Por essa infiltração as águas carregadas de carbono vão penetrando através das fendas e diáclases do calcário. O CO2 reage, transformando o carbonato de cálcio (CaCo3) em bicarbonato ácido de cálcio - Ca(HCO3)2 - solúvel e levado pelas águas. Essa água então seguirá sua direção natural, às vezes a muitos quilômetros da origem. Com a circulação pelas fendas e fraturas, estas vão se alargando lentamente dando aberturas de formas variáveis, que o trabalho das águas vai aumentando com o tempo, formando mais cavidades na rocha. As dimensões das grutas assim formadas vão depender do sistema de juntas e fraturas, de sua quantidade e da infiltração das águas.
Analisando o calcário veremos o Ca(HCO3)2 facilmente redepositado sob forma de CaCO3 (Calcita) com a evaporização total ou parcial da água de solução. Além desses cursos de áua subterrâneos existe paralelamente um lento derrame de água, contendo calcário dissolvido através das fendas, diáclases, tetos e paredes das grutas.
Os agentes físicos, embora considerados mínimos, merecem citação pelo trabalho de estrutura que exercem: aquecimento e resfriamento que provocam fraturas e diáclases por onde penetram as águas, faíscas elétricas formando redes de fraturas, desagregação do calcário formado pelas partículas arrastadas, o impacto causado pela força dos cursos d'água através das galerias provocando desagregação, e a gravidade, o principal agente físico atuando não diretamente mas que vai influir na conformação da gruta.
 
O professor de Matemática Walder e Professor de Educação Física José Carlos, observam com os alunos as maravilhas do cerrado corjesuense.
Evolução das grutas
A gruta não é produto de um fenômeno estático. Tem seu nascimento e evolução até alcançar a maturidade, quando entra em processo destrutivo até desaparecer. Em cada uma de suas fases evolutivas, temos um tipo característico da morfologia. Em sua infância, quando ainda não é uma gruta, a corrosão terá um papel predominante, daí existirem grutas nas rochas suscetíveis de sofrer dissolução.
Para cada uma dessas fases de evolução há uma morfologia específica. Na infância, predominará a corrosão. E para exercer a ação corrosiva a água necessita estar impregnada de CO2, e de tempo, pois uma circulação rápida produz erosão e não corrosão.
Com a erosão aparecendo, vem as fases juvenis, atuando, aí a erosão livre, turbilhante. A gruta aumenta suas dimensões. Começa a se produzir em superposição de formas, aparecem galerias de conjugação, a água circula livremente e a erosão é exuberante. Aparece a morfologia de afundamento. A gruta atinge a maturidade.
Enquanto se formam os primeiros espeleotemas a água, com grande poder dissolvente, chega às fendas carregando carbonato de cálcio suficiente para iniciar as primeiras formas de reconstrução. Aí surgem as estalactites. A estalagmite vem depois, pois dependem da circulação inferior.
As águas abandonadas iniciam um novo ciclo de evolução. Esse abandono de água pode ser provocado por elevação da região. Na gruta primitiva abrem-se poços e a água é expulsa. A gruta entra na última fase evolutiva e aparece a morfologia senil. Diz-se que tal gruta foi fossilizada. Essa fossilização é o seu fim natural.
Esse ciclo descrito anteriormente nem sempre se apresenta completo: juvenil, madura, senil e fóssil.
Às vezes uma fase deixa de se apresentar. Entretanto, o ciclo morfológico de uma gruta é de suma importância para o seu estudo espeleológico e pode gerar três fases: morta, senil e fóssil.

Morta
Quando a água (agente formador) deixou de circular e isso depende da morfologia apresentada.

Senil
Apresenta abundantes espeleotemas, mostrando o fenômeno da reconstrução.

Fóssil
Completamente preenchida de depósitos de carbonato de cálcio, argila, aluviões e com isso, deixa de ser uma gruta.
Alunas da EJA 2 também participaram da aula de campo como atividade complementar extra-classe.

Vimos, então, que se o ciclo se desenvolvesse perfeitamente de acordo com a morfologia, uma gruta chegaria ao estado de gruta morta com uma morfologia senil e esta finalmente conduziria a uma fossilização.
Entretanto, uma gruta pode ser abandonada pelas águas na fase juvenil, antes de entrar na maturidade. Então teremos uma gruta morta mas com morfologia juvenil. E assim outros casos, como uma gruta em fase juvenil se fossiliza por aluviamento. Ela chegará ao estado fóssil sem haver passado por maturidade e senilidade.
Quanto maior o número de ciclos passados na vida de uma gruta, maior dificuldade se tem para distinguir os vestígios deixados pelos primeiros habitantes. Podem existir, portanto, grutas fossilizadas no estado juvenil, ou com morfologia de maturidade. 
1- Quando chove, a água da chuva dissolve o dióxido de carbono existente na atmosfera, e forma um ácido fraco (ácido carbónico). Este ácido entra nas fendas das rochas calcárias dissolvendo os ácidos orgânicos aí existentes, formando hidrogenocarbonato de cálcio. A lenta circulação das águas pelas fendas leva à dissolução do calcário.
2- Ao longo do tempo as fendas vão alargando e às vezes formam largos e longos canais subterrâneos onde há circulação da água (rios subterrâneos). As suas zonas alargadas correspondem às grutas.
3- As águas em circulação subterrânea (hidrogenocarbonato de cálcio) podem saturar-se, originando uma nova precipitação de calcite libertando dióxido de carbono, carbonato de cálcio e água. Como o carbonato de cálcio é menos solúvel precipita, e forma as Tabulares de Calcite. A água vai circulando no interior e no exterior da Tabular e dá-se uma deposição de cristais de calcite, perpendicularmente a essa parede, engrossando o Tabular até á forma das estalactites.
4- A contínua circulação da água leva a que os pingos ao caírem no fundo da gruta, precipitem o carbonato de cálcio, se deposite a calcite, formando sucessivas camadas (perpendiculares ao chão), que dão origem às estalagmites.
5- Quando as estalactites e as estalagmites se unem, formam uma coluna(demora milhões de anos). 

 
Gruta de Bom Jesus da Lapa/BA.

Embora existam cavernas em ambientes rochosos, especialmente em regiões costeiras, os sistemas mais conhecidos e famosos por sua beleza plástica se encontram em ambientes kársticos, ou seja, em locais cujo solo e subsolo são ricos em carbonatos (calcários e dolomitas). 
O processo de formação dessas cavernas é um bom exemplo de sistema de equilíbrios químicos múltiplos, começando com a degradação da matéria orgânica existente nas camadas superiores do solo, com a consequente formação de gás carbônico, CO2(g). A solubilidade do gás carbônico em água é decorrente da sua pressão parcial, ou seja, com o aumento desta pressão, devido à decomposição da matéria orgânica, há um aumento na concentração do CO2 dissolvido na água (CO2 (aq)). O CO(aq) reage com as moléculas da água dando origem ao ácido carbônico. Essa reação é típica dos anidridos (anidrido+água = ácido). Como todo ácido fraco,o ácido carbônico se dissocia, parcialmente, produzindo o ânion correspondente (bicarbonato) e o íon hidronium (hidrogênio ácido). Esse hidrogênio ácido promove, então, a dissolução do carbonato – por exemplo, carbonato de cálcio - dando origem ao processo de formação das cavernas.

Gruta de Bom Jesus da Lapa/BA.