A Educação transforma
A educação é o processo de transformação de todos os cidadãos. O avanço político e social de qualquer população perpassa pela formação cultural de seu povo. Se essa população não tem uma educação de qualidade, como poderá ter uma perspectiva de qualidade de vida e qualificação profissional.
O conhecimento oferecido pela escola deve ser o da realidade, por isso ela precisa capacitar o aluno para que saiba, diante da complexidade do mundo real, posicionar-se, orientar suas ações e fazer opções conscientes no seu dia-a-dia. O ensino deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a constituir uma consciência global sobre questões socioambientais.
Mesmo que o crescimento econômico e o progresso tecnológico tenham agregado benefícios a uma parcela da população, eles também são responsáveis pelas complexas conseqüências ambientais e sociais que afetam a qualidade de vida da humanidade. Para garantir uma boa qualidade de vida, é preciso buscar uma ética global que amplie a participação ativa e interessada dos cidadãos na defesa de seus direitos e do meio ambiente.
Trabalhar estes conceitos na forma de projetos educacionais, contemplando o processo de aprendizagem em outras áreas do conhecimento na forma interdisciplinar, fará com que o educando reconheça a necessidade e mobilize seus familiares neste processo, independentemente do nível de educação em que o processo é aplicado, desde a educação infantil até o ensino superior.
Aula de campo
Orientação
Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempre acompanhou a história do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos (equipamentos, instrumentos), as características do espaço geográfico e, por conseqüência, os referenciais para localização e para orientação.
Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais dos povos, da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a maneira de orientar-se e localizar-se variam.
Pode-se localizar tomando por base referencial como ruas, construções, estradas, rios, etc (situação comum à maioria das pessoas), ou por meio de conhecimentos geográficos, tais como: interpretação de plantas e mapas; domínio de noções sobre coordenadas geográficas - latitude e longitude -, manuseio e leitura de equipamentos, como GPS, bússola.
Rosa dos ventos A rosa-dos-ventos é uma figura nos quais estão presentes: · Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S), Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L ou E); · Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE); · Os pontos subcolaterais, és-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), és-sudeste (ESE), oés-sudoeste (OSO), su-sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), oés-noroeste (ONO); · Os intermediários.Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito desses pontos de orientação é fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos, por exemplo, ou em locais onde não há estradas, como regiões desérticas e áreas florestais.
É fundamental também para manusear e utilizar plantas e mapas, determinando-se, por exemplo, a localização de cidades, estados, regiões, países, continentes, oceanos, tomando-se por referência um certo local ou elemento: ao afirmamos que o estado de Tocantins está ao norte de Goiás, tomamos como referência este último estado.
As estrelas do céu
Sem equipamentos é possível orientar-se por alguns astros. Os astros sempre tiveram um papel importante na orientação de homens e mulheres ao longo da história, em particular nos deslocamentos de longa distância. Somente mais recentemente, no decorrer do século 20, com o avanço tecnológico mais acelerado, é que equipamentos, como o GPS, passaram a dispensar, praticamente, os astros na orientação.
No entanto, precisamos pensar que observar o céu numa noite sem nuvens - sobretudo, longe de uma grande cidade, atentar para a seqüência das fases da Lua com o passar das semanas, apreciar um nascer ou um pôr-do-Sol são momentos de contemplação da natureza benéficos para o corpo e para o espírito, além de serem uma oportunidade para conhecermos/entendermos mais sobre o mundo que nos cerca e despertar nosso o interesse pelo estudo de uma série de aspectos que cercam a existência do nosso planeta e demais astros do Universo, além da nossa própria existência.
Mas atenção! Nunca olhe diretamente para o Sol, pois isso pode causar danos aos olhos, inclusive, cegueira.
Orientação pelos astros
A orientação pelos astros depende de uma série de condições que estão relacionadas, por exemplo, à situação do tempo atmosférico (é preciso que o céu esteja limpo), à localização do observador no planeta Terra - distância em relação à linha do Equador -, à época do ano, e sem a utilização complementar de equipamentos astronômicos, essa orientação não será totalmente precisa. Trata-se de uma orientação aproximada.
A orientação pelo Sol está baseada no seu movimento aparente - é a Terra que gira em torno do seu próprio eixo (movimento de rotação da Terra), e é por isso que afirmamos ser um movimento aparente. Esse astro aparece, não exatamente na mesma posição, que varia no decorrer do ano, mas de um mesmo lado, que é o Leste (oriente), e põe-se no lado oposto, o Oeste (ocidente). Determinando-se um lado, no nascer ou pôr-do-sol, pode-se, de modo aproximado, utilizar os pontos de orientação e, a partir daí, orientar-se.
É comum afirmar-se que a orientação pela Lua somente pode ser à noite. O geógrafo e astrônomo Paulo Henrique Sobreira destaca que "independente da fase da Lua e do horário, ela sempre surge no lado Leste e desaparece no lado Oeste. Os horários de nascer e ocaso da Lua variam principalmente de acordo com suas fases. Na Lua Cheia, por exemplo, em uma dada localidade, ela nasce por volta das 18h (...) e se põe próximo às 6h. No dia seguinte, o nascer e o ocaso ocorrerão cerca de 50 minutos mais tarde para aquela mesma localidade. Dessa forma, a Lua pode ser vista também durante o dia, principalmente nas fases de Crescente e Minguante."
Cruzeiro do Sul
A orientação por outras estrelas (o Sol é uma estrela) também é possível, mas é necessário, como afirma Sobreira, que se tenha uma noção básica de entendimento de carta celeste, inclusive para auxiliá-lo na observação. No caso do Brasil, inclusive para a porção do nosso território que se encontra no hemisfério Norte, é possível orientar-se pelo Cruzeiro do Sul, uma constelação que é vista em quase todas as noites do ano. A partir de algumas relações baseadas nessa constelação, é possível determinar, aproximadamente, o ponto Sul. A Estrela Polar, visível no hemisfério Norte, pode ser utilizada para a determinação aproximada do ponto Norte.
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