ESQUEMA DE UMA ETE




Estação de Tratamento de Esgoto

Saúde ambiental e da população.




Aula de campo com os alunos do 1º ano A e B da E.E.Benício Prates
Alunos do Ensino Médio Regular e do Curso de Magistério.
Prof.Selma Galiza(Geografia)

Lagoa de repouso da água tratada antes de ser jogada no rio Canabrava.

ETE (Estação de Tratamento de Esgoto)
Assim como o sistema de tratamento de água envolve unidades de saneamento que funcionam como verdadeiras indústrias, as estações de tratamento de esgoto também.

ETAPAS

.Rede coletora: construída pelo conjunto de tubulações que recebe os esgotos das casas, dos estabelecimentos industriais e comerciais, dos hospitais, etc. É instalada sob as ruas, avenidas e praças, e dotada de poços de visita para inspeção e limpeza.
.Interceptores: tubulações colocadas ao longo dos rios ou córregos que recebem os esgotos coletados pelas redes e os conduzem ao emissário. São importantes porque impedem que os despejos das redes coletoras sejam lançados nos rios sem tratamento.
.Emissário: tubulação que conduz os esgotos dos interceptores à Estação de Tratamento de Esgoto ( ETE).
.ETE: destina-se a depuração dos esgotos celetados na cidade. Existem vários processos de tratamento, que são adotados em função dos seguintes fatores: número de habitantes, condições climáticas da região, área disponível para estação, grau de poluição dos esgotos, etc.
.Emissário Final: canalização que produz os afluentes da ETE, já tratados, a um córrego, rio, lago ou mar.


.Selma Vasconcelos Galiza
(Prof.Geografia)
.Itamaury Santos Dias (Operdor da ETE)
.Júlio Araújo Barbosa (Operador da ETE)
Um grande problema para as cidades
A definição de esgoto não permite acreditar que ele exista apenas no espaço urbano, pois as atividades agropecuárias produzem e eliminam resíduos poluentes resultantes do uso de agrotóxicos, fertilizantes, tratamento de animais, etc. Assim, mesmo quando atravessa uma zona rural, longe da cidade, um rio pode ser afetado por elementos poluidores.
Em todo o mundo, porém, a grande concentração de pessoas nas cidades é tida como a principal causa da poluição dos rios. O adensamento populacional gera diferentes fontes poluentes, tanto pelo aumento do número de residências quanto pela maior diversificação das atividades econômicas - indústrias, lojas, restaurantes, etc. Nesse sentido, o saneamento básico é um desafio sobretudo para as cidades, que, atualmente, já reúnem quase a metade da população mundial.


Nos próximos trinta anos, para absorver os 2,4 bilhões de novos residentes urbanos, as cidades terão de fazer mais investimentos em moradia, transporte, comunicação, educação e sobretudo em saneamento ambiental.
As cidades que não puderem oferecer serviços adequados aos seus moradores enfrentarão problemas sérios quanto os das regiões mais pobres do planeta: epidemias, desemprego e violências.
MEDINDO A POBREZA
Os serviços de saneamento tendem a ser muito precários em países pobres, que não têm condições de investir em infra-estrutura e fazer a manutenção necessária. É sempre bom lembrar que oito em cada dez habitantes do planeta vivem em países pobres. Justamente por isso a existência de saneamento básico também é utilizada pela ONU para avaliar o grau de pobreza de um país.
Para resumir, problemas de abastecimento e tratamento de água afetam em particular os países mais pobres porque:
. o povo não tem condições de pagar pelo abastecimento domiciliar de água;
. os escassos recursos dos governos não proveem o serviço ou o fazem de maneira inadequada;
. as doenças transmitidas pela água são mais numerosas nas zonas quentes do planeta, em virtude do calor e das chuvas intensas; nessas áreas está concentrada a imensa maioria dos países pobres;
. esses países também não dispõem de recursos suficientes para investir em programas antipoluição.

Alunos do 1º A e B na ETE/C.de Jesus
Saneamento em países subdesenvolvidos
No início deste milênio, cerca de apenas 30% das casas de moradores urbanos dos países subdesenvolvidos dispunham de ligações conectadas a redes de esgotos. Para se ter uma idéia, esse índice nos países desenvolvidos era superiuor a 80%.
No Brasil, apenas 25% da população urbana conta com rede de esgotos sanitários adequado, ou seja, a instalação de suas casas é ligada a uma rede coletora de esgotos ou a uma fossa séptica.
Para piorar a situação, somente 12% dos dejetos são tratados; o restante é lançado diretamente em rios.
Consequências
Cidades rio abaixo recebem o esgoto diluído rio acima.
Além do custo material da poluição, há o custo ambiental. A poluiçãocrescente pode comprometer o consumo de água pelas pessoas as reduzir as fontes ( rios, lagos ou represas ) com possibilidade de tratamento. É por essa razão que a água pode acabar.
Por levar em conta o custo ambiental, o governo brasileiro iniciou paulatinamente o projeto de cobrança da água em si. O líquido propriamente dito ainda é gratuito para a maioria da população.
Cobrar pela água já é prática comum em países como Estados Unidos, França, Alemanha, Holanda,Chile, México e Argentina. No Brasil, a primeira experiência de cobrança ocorreu no estado do Ceará.
Em 2002, indústrias, companhias municipais de saneamento e agricultores de cidade de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais começaram a pagar pela água utilizada da bacia do rio Paraíba do Sul, que atravessa esses três estados.
O dinheiro arrecadado será destinado especificamente para o saneamento ambiental: despoluição, controle de ocupação dos mananciais, etc.





Durante a aula de campo no dia 05 de abril de 2009, os alunos tiveram a oportunidade de interdisciplinar vários conhecimentos e experiências nas disciplinas de geografia, biologia, ciências, química, além de educação física.






Tanque de maturação da ETE em Coração de Jesus/MG.

O custo ambiental envolve os fatores que comprometem a qualidade da água, que é cada vez mais escassa diante dos danos causados ao meio ambiente. Por isso, as companhias de saneamento básico atualmente também se dedicam ao chamado saneamento ambiental, recuperando áreas de mananciais, tratando esgotos e fazendo a reciclagem de resíduos sólidos.
Desde os tempos remotos o ser humano costuma lançar seus detritos nos cursos de água. Até a Revolução Industrial esse procedimento não causava grandes problemas, já que os rios, lagos e, principalmente, oceanos têm considerável poder de autolimpeza, de purificação. Com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas modificações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, superando a capacidade de purificação dos rios e talvez até mesmo dos oceanos, que, apesar de imensa, é limitada.
Além disso, uma grande quantidade de materiais não biodegradáveis, ou seja, que não são decompostos pela natureza, passou a ser despejados na água.Tais materiais como os plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas, vão se acumulando nos rios, lagos e oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática.
A água utilizada para resfriar os equipamentos na usinas nucleares e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e provoca a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.

O Operador da ETE de Coração de Jesus/MG( Júlio Araújo Barbosa) esclarece para os alunos como é feito o tratamento da água do esgoto residencial.

O tratamento das águas poluídas, porém, é um processo demorado e caro.O ideal, realmente, é prevenir e não remediar. Temos de lembrar ainda que a poluição da água agrava o problema de escassez de água potável para populações de inúmeras regiões do planeta.


Escola Estadual Benício Prates







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