PROJETO INCLUIR


INCLUSÃO EDUCACIONAL

I ENCONTRO DE SENSIBILIZAÇÃO SOCIAL

"Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças."(Mantoan)

Promovido pelas escolas:

. E.E. Benício Prates ( Coração de Jesus-MG. )
. E.E. Cristino Alves de Jesus ( São João da Lagoa-MG )
. E.E. Jesuzinha Araújo Magalhães ( São João do Pacuí-MG )

Com participação das E.E. Major José Elias Trindade, E.E. Mares Guias, E.E. Prefeito Aristides Batista, demais escolas de Coração de Jesus-MG, além do Conselho Tutelar, Igrejas Evangélicas e Igreja Católica, Secretaria da Saúde, Secretarias de Ação Social, Superintendência Regional de Ensino, Secretarias Municipais de Educação e outros.
Professores, Diretores, Pais e Representantes de outras Entidades e Segmentos, unidos em debate sobre a Inclusão.
Local : E.E.Benício Prates.
Foto (Selma Galiza)

Conceito
Diz respeito a uma escola de qualidade onde todos são bem-vindos, reconhecidos em suas diferenças e valorizados como sujeito de potencialidades e para se tornarem cidadãos contributivos da sociedade.

Desafio
Superar discriminações de etnias, de gênero, de preferência sexual, geracional, de normalidade, de eficiência, de classes sociais e outros...

Princípios
Todos podem aprender, e suas diferenças devem ser respeitadas e trabalhadas.
Profissionais da educação e de outras áreas, preocupados em conscientizar e capacitar os profissionais para uma nova realidade : "Educação para a diversidade".

O foco da escola inclusiva é uma educação para a diversidade.

Não se pode entender a inclusão numa escola onde os alunos não estejam integrados e aprendendo.
"Integrar é articular as partes para formar um todo; não há como incluir sem integrar".

O Movimento por uma educação inclusiva não nega que as síndromes , as deficiências, o sofrimento psíquico existam.

Para realizar a inclusão é preciso...

. Posição crítica dos educadores em relação aos saberes escolares e à forma de como podem ser trabalhados;
. Respeito ao ritmo do educando;
. Diálogo dos professores com a comunidade escolar e outros campos do conhecimentos.
. Desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, pautads na responsabilidade e na humanização;
. Aceitar as diferenças individuais como um atributo e não como um problema;

. Valorizar a diversidades humana como uma riqueza de opções.
. Buscar soluções integradas para que nenhum aluno seja segregado ou excluído devido a alguma diferença ou dificuldade;
. Integrar os pais, comunidade e profissionais da saúde e da educação dentro do projeto educacional.

José Carlos Martins dos Santos ( Professor de Educação Física ), Instrutor de capoeira e alunos da E.E. Major José Elias Trindade durante as apresentações folclóricas em agosto de 2009.

Direito à Educação Física Escolar e Esporte Escolar

A Constituição Federal, em seu artigo 217 dispõe que "é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não formais como direito de cada um".
A prática do esporte escolar, do esporte adaptativo e paraolímpic
o tem se comprovado como um recurso emocional e social, além de demonstrar para a sociedade a competência e os potenciais das pessoas com deficiência.

Sala de Recursos da E.E.Benício Prates

As pessoas com necessidades educacionais especiais têm assegurado pela Constituição Federal de 1988, o direito à educação (escolarização) realizada em classes comuns e ao atendimento educacional especializado complementar ou suplementar à escolarização, que deve ser realizado preferencialmente em salas de recursos na escola onde estejam matriculados, em outra escola, ou em centros de atendimento educacional especializado. Esse direito também está assegurado na LDBEN – Lei nº. 9.394/96, no parecer do CNE/CEB nº. 17/01, na Resolução CNE/CEB nº. 2, de 11 de setembro de 2001, na lei nº. 10.436/02 e no Decreto nº. 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
O Atendimento Educacional Especializado é uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com Necessidades Educativas Especiais. Este pode ser em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou seja, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais, projetadas para oferecer suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. Esse atendimento deverá ser paralelo ao horário das classes comuns. Uma mesma sala de recursos, conforme cronograma e horários pode atender alunos com, altas habilidades/superdotação, dislexia, hiperatividade, déficit de atenção ou outras necessidades educacionais especiais.
...uma nova gestão dos sistemas educacionais prevê a prioridade de ações de ampliação do acesso à Educação Infantil, o desenvolvimento de programas para professores a adequação arquitetônica dos prédios escolares para a acessibilidade. Preconiza também a organização de recursos técnicos e de serviços que promovam a acessibilidade pedagógica e nas comunicações aos alunos com necessidades educacionais especiais em todos os níveis, etapas e modalidades da educação. ( ALVES, 2006, p. 11)

Os princípios para organização das salas de recursos multifuncionais partem da concepção de que a escolarização de todos os alunos, com ou sem necessidades educacionais especiais, realiza-se em classes comuns do Ensino Regular, quando se reconhece que cada criança aprende e se desenvolve de maneira diferente e que o atendimento educacional especializado complementar e suplementar a escolarização podem ser desenvolvidos em outro espaço escolar.
Freqüentando o ensino regular e o atendimento especializado, o aluno com necessidades educacionais especiais tem assegurado seus direitos, sendo de responsabilidade da família, da Escola, do Sistema e da sociedade.

AS Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2001, em seu artigo 2° orientam que: “Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidades para todos”. (Alves, 2006, p.11)


O atendimento educacional especializado constitui parte diversificada do currículo dos alunos com necessidades educacionais especiais, organizado institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns. Dentre as atividades curriculares específicas desenvolvidas no atendimento educacional especializado em salas de recursos se destacam: o ensino de Libras, o sistema Braille e o soroban, a comunicação alternativa, o enriquecimento curricular, dentre outros, até mesmo o apoio educacional aos professores que estão na sala de aula com o aluno.
Esse atendimento não pode ser confundido com reforço escolar ou mera repetição dos conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas devem constituir um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação e produção de conhecimentos.
Os alunos atendidos na Sala de Recursos são aqueles que apresentam alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente. Entre eles estão os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares, os alunos com dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais, os alunos que evidenciem altas habilidades/superdotação e que apresentem uma grande facilidade ou interesse em relação a algum tema ou grande criatividade ou talento específico. Também fazem parte destes grupos, os alunos que enfrentam limitações no processo de aprendizagem devido a condições, distúrbios, disfunções ou deficiências, tais como: autismo, hiperatividade, déficit de atenção, dislexia, deficiência física, paralisia cerebral e outros.
O professor da Sala de Recursos (formado em Pedagogia/Educação Especial) deve atuar, como docente, nas atividades de complementação ou suplementação curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado; atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias pedagogias que favoreçam o acesso do aluno com necessidades educacionais especiais ao currículo e a sua interação no grupo; promover as condições de inclusão desses alunos em todas as atividades da escola; orientar as famílias para o seu envolvimento e a sua participação no processo educacional; informar a comunidade escolar a cerca da legislação e normas educacionais vigentes que asseguram a inclusão educacional; participar do processo de identificação e tomada de decisões acerca do atendimento às necessidades especiais dos alunos; preparar material específico para o uso dos alunos na sala de recursos; orientar a elaboração de material didático-pedagógico que possam ser utilizados pelos alunos nas classes comuns do ensino regular; indicar e orientar o uso de equipamentos e materiais específicos e de outros recursos existentes na família e na comunidade e articular, com gestores e professores, para que o projeto pedagógico da instituição de ensino se organize coletivamente numa perspectiva de educação inclusiva.