O "7 de Setembro" em Coração de Jesus-Mg/Brasil

Desfile das E.E.Benício Prates e E.E.Cel.Francisco Ribeiro
 Apresentação da E.E.Benício Prates
                                     
Apresentação da E.E.Coronel Francisco Ribeiro
 O Dia da Independência chega quase três meses após a onda de protestos que tomou as ruas do país. Enquanto vários  grupos, como o Grito dos Excluídos e o Movimento Brasil Contra a Corrupção,  protestavam em quase todos os Estados do Brasil, o município de Coração de Jesus prestigiava uma das mais lindas manifestações cívicas organizadas pelos professores da  E.E. Benício Prates e E.E. Coronel Francisco Ribeiro, demonstrando que cidadania se constrói através de atos não violentos e prazerosos de serem vistos.
                                                  Fanfarra da E.E.Benício Prates
            Os alunos das duas escolas apresentaram temas que ressaltou a importância da Independência do Brasil, destacando a história da participação popular, principalmente da juventude em todos os momentos desta luta, desde os movimentos inconfidentes até os dias atuais, consagrando o Brasil nosso de cada dia. A riqueza, a cultura, os movimentos populares, o futebol, artes, importância da educação de hoje para a formação de cidadãos do amanhã, saúde como um direito de todos, justiça necessária...

       Fanfarra da E.E.Cel Francisco Ribeiro  
 Foi retratado também que a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou uma nação e que  após muitos anos de ditadura e silêncio forçado a população se organiza para um dos maiores movimentos sociais, “Diretas já”. Frase dita e que já se torna realidade no nosso país, “o dia em que o povo acordar, os governantes não dormirão”. “A juventude é a porta pela qual o futuro entra no mundo”. “Corrupção não é invenção do Brasil, mas a impunidade é bem nossa”. 
                              E.E.Benício Prates          

 No discurso proferido durante a abertura do evento, “O desfile de Sete de Setembro resgata a nossa história e ressalta o quanto foi e continua sendo importante para o Brasil a sua independência” afirmou o Diretor Roberto Ramos Nobre (E.E. Benício Prates) e Diretor João Pinheiro Veloso (E.E.CEL.Francisco Ribeiro). E ainda, “A educação é um patrimônio que ninguém retira do jovem... Bens materiais perdem seus valores” (Prefeito Dr.Pedrinho). “O desfile cívico do dia 7 de Setembro serve justamente para lembrar uma data que simboliza a autonomia conquistada e a determinação do povo brasileiro. E isto faz parte da nossa história”.
      Concentração na Pça.Dr.José Carlos de Lima  
 Parabéns Diretores, professores, alunos e todos que de uma forma ou de outra contribuíram para que este evento acontecesse. Isso faz com a que a população não esqueça e que as futuras gerações compreendam o que foi a luta pela nossa independência, conscientizando-se de que ela não pode parar, pois o Brasil é Nosso.



                     E.E.Cel.Francisco Ribeiro
COMO TUDO ACONTECEU

No dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte, declarou oficialmente a separação política entre a colônia que governava e Portugal. Em outras palavras, ele proclamou a Independência do Brasil.

Um mês depois, mais precisamente em 12 de outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador e, em 1º de dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de D. Pedro I.

Resumidamente, a conquista da independência do nosso país poderia ser contada dessa forma, mas a história não é tão simples assim. Começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial e a chegada da corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira.

                     E.E.Cel.Francisco Ribeiro
Os motivos da separação
Entre os séculos 18 e 19, cresceram no Brasil as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e a cobrança de altos impostos numa época de livre comércio.

Diversas revoltas - a exemplo da Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817 -, aliadas à Revolução Francesa e à independência dos Estados Unidos, provocaram o enfraquecimento do colonialismo e reforçaram o liberalismo comercial no Brasil. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil passou a ter mais liberdade econômica e, com sua elevação à categoria de Reino Unido, deixou de ser, formalmente, uma colônia.

Em 1820, a burguesia portuguesa tentou resgatar suas supremacia comerciais, promovendo a Revolução Liberal do Porto. No ano seguinte, o parlamento português obrigou D. João VI a jurar lealdade à Constituição e a voltar para Portugal. Seu filho dom Pedro foi deixado no Brasil, na condição de príncipe regente, para conduzir uma eventual a separação política.

                       E.E.Cel.Francisco Ribeiro
O ROMPIMENTO
As pressões contra o controle de Portugal cresceram na colônia, e a metrópole passou a exigir a volta de dom Pedro. O príncipe deu sua resposta a Portugal no dia 9 de janeiro de 1822 (Dia do Fico), com a célebre frase "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico".

Iniciou-se um esforço político por parte dos ministros e conselheiros de dom Pedro, pela permanência dos vínculos com Portugal, mantendo um pouco de autonomia para o Brasil. Queriam uma independência sem traumas, mas as críticas ao colonialismo ficaram insustentáveis. Dom Pedro, então, se viu pressionado a oficializar o rompimento.

 
                            E.E.Benício Prates
Foi assim que, em 3 de junho de 1822, dom Pedro convocou a primeira Assembleia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, declarou inimigas as tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil e, dias depois, assinou o Manifesto às Nações Amigas, justificando o rompimento com as cortes de Lisboa e garantindo a independência do país, como reino irmão de Portugal. 


Em represália, os portugueses anularam a convocação da Assembleia Constituinte brasileira, enviou tropas à colônia e exigiram o retorno imediato do príncipe regente a Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, durante uma visita a São Paulo, nas proximidades do rio Ipiranga, dom Pedro recebeu uma carta com as exigências das cortes e reagiu proclamando a independência do Brasil. Bahia, Maranhão e Pará, que tinham juntado governantes de maioria portuguesa, só reconheceram a independência em meados do ano seguinte, depois de muitos conflitos entre a população e os soldados portugueses.
 
                             E.E.Benício Prates
 No início de 1823, houve eleições para a Assembleia Constituinte que elaboraria e aprovaria a Carta constitucional do império brasileiro, mas, em virtude de divergências com dom Pedro, a Assembleia logo foi fechada. A 1ª Constituição brasileira foi, então, elaborada pelo Conselho de Estado e outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor, a separação entre a colônia e a metrópole foi finalmente concretizada. Mesmo assim, a independência só é reconhecida por Portugal em 1825, com a assinatura do Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil, por D. João VI.