GREVE DOS EDUCADORES DE MINAS GERAIS.



Greve em Minas Gerais.

Os servidores da rede estadual de educação de Minas Gerais entraram em greve por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações, dos 54 itens, o mais ressaltado é o piso nacional de R$ 1.597,87 para os professores de nível médio com carga horária de 24 horas por semana recomendado pela CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

O argumento usado pela Secretaria Estadual de Educação, é o de que o SindUte (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais), calcula o piso de acordo com a CNTE e não de acordo com o MEC. Ainda segundo a secretaria, após a greve de 2010 o governo propôs o sistema de remuneração por subsídio. Com esse sistema, o valor básico para professores do nível médio chegou a R$ 1.822,00. A secretaria afirma ainda que após a greve de 2010, os professores receberam um aumento de 40%, com variação de 12% a 76%.

Acredite se quiser!



Desde a quarta-feira (8), 80% das escolas estaduais mineiras estão paradas, segundo o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). A secretaria de educação ainda não tem estimativas do alcance do movimento. Os trabalhadores exigem o pagamento do piso salarial nacional e se recusam a aceitar o subsídio oferecido pelo governo desde o início do ano como parte desse valor. No total, a rede mineira tem cerca de 2,4 milhões de alunos em 4,5 mil escolas e 250 mil professores. Em Uberlândia ,no triângulo Mineiro, certa de 500 professores participaram de uma assembléia na praça Tubal Vilela da Silva (fotos). A escola Estadual Bueno Brandão, ao lado da praça Tubal Vilela da Silva está sem aula desde o dia 08 de junho. Alunos das Escolas Públicas em apoio aos professores também participaram da assembléias dos professores

Pelo menos oito Estados brasileiros enfrentam greve de professores em redes municipais ou estaduais. São eles: São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, Sergipe, Santa Catarina e Ceará. A porcentagem de escolas paradas varia por Estado e chega a até 70%, no caso da rede estadual de Santa Catarina e no Centro Paula Souza, de ensino técnico, em São Paulo.

A maior parte dos grevistas luta pela adoção de piso salarial estabelecido pelo governo federal, de R$ 1.187,14 por 40 horas trabalhadas, que é o "vencimento básico" da categoria. Ou seja, gratificações e outros extras não entram na conta.

Greve em São Paulo

Segundo o Sinteps (Sindicato de Trabalhadores do Centro Paula Souza), 70% dos professores e funcionários das Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e Etecs (Escolas Técnicas) estão em greve desde o dia 13 de maio. No total, são 12.475 mil docentes, 250 mil alunos e 249 instituições. Eles pedem reajuste salarial de 56,90% para os docentes e de 71,79% para os funcionários técnico-administrativos. Na segunda-feira (13), os grevistas vão se reunir em assembléia geral para decidir os próximos passos do movimento.

Greve no Rio de Janeiro

Na terça-feira (7), foi decidida a greve por reajuste emergencial de 26% e o descongelamento do plano de carreira dos funcionários administrativos da rede estadual, entre outras reivindicações. O Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) fala em 65% das escolas paralisadas, enquanto a Secretaria de Estado de Educação diz que apenas 2% dos professores estão fora das aulas. No total, são cerca de 1,2 milhão de alunos nas 1.652 escolas fluminenses, com 80 mil funcionários.

Greve em Santa Catarina

Cerca de 70% das 1.350 escolas estão sem aulas no Estado desde 18 de maio. O principal pedido é a implementação do piso salarial nacional de R$ 1.177. O governo do Estado encerrou as negociações com os professores em reunião nesta sexta-feira (10) e requisitou o fim da greve. O Sinte-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina) diz que continuará com as reivindicações. No total, a rede conta com cerca de 40 mil professores e 250 mil alunos. Algumas redes municipais, como a de Tubarão, também estão paralisadas.

Greve no MT

Os professores da rede estadual de Mato Grosso estão em greve desde a última segunda-feira (6) por melhores salários. O movimento continua na próxima semana. A Seduc (Secretaria Estadual de Educação do Mato Grosso) estima que 40% das 724 escolas do Estado estejam paralisadas. Esse número, no entanto, é contestado pela secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, Vânia Miranda. De acordo com ela, cerca de 90 % das escolas estaduais aderiram ao movimento.

Eles reivindicam piso salarial único de R$ 1.312 para todos os trabalhadores em educação -- o piso nacional do professor, instituído por lei é de R$ 1.187 por 40 horas trabalhadas. A Seduc afirma que o aumento do piso salarial para todos os servidores é inviável.

Greve em Sergipe

Pelo menos 300 mil alunos da rede estadual de ensino de Sergipe estão sem aulas desde o início da greve de professores no dia 23 de maio. Em assembléia realizada nesta quinta-feira (9), a categoria se recusou a voltar ao trabalho. Os professores reivindicam reajuste salarial de 15,8%. As aulas foram interrompidas em mais de 90% das escolas e cerca de 13 mil professores aderiram ao movimento, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese). O governo não confirma a informação.

Greve no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, a greve de professores da rede estadual completou 43 dias nesta sexta-feira (10). De acordo com a assessoria de comunicação do governo, das 710 escolas estaduais, 335 estão fechadas. A principal reivindicação dos professores é que seja feita a revisão de plano de carreira e equiparação salarial ao piso dos funcionários públicos estaduais, que é de R$ 2.550 em início de carreira, enquanto o dos professores é de R$ 937.

Greve no Ceará

A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT-CE), ameaçou suspender o adiantamento de 40% do 13º salário dos professores da rede municipal para os profissionais que mantivessem a greve. A declaração foi dada a uma emissora de TV local sobre a paralisação chega nesta sexta-feira (10) a 45 dias. Ela também prometeu entrar na justiça para pedir a ilegalidade da greve.

De acordo com a secretária geral do sindicato, Ana Cristina Guilherme, cerca de 96% da categoria aderiu à greve. “Não houve avanço. Tivemos a informação que a prefeita tinha enviado um Projeto de Lei para a Câmara (dos vereadores) e adotava o piso de R$ 1.187 para o nível superior”. A defesa do sindicato é que o valor burlaria a Lei nº 11.738, que regulamenta a remuneração mínima e afirma que os trabalhadores em jornadas diferentes das 40h semanais devem ganhar salários "proporcionais" ao piso.

A E.E.Benício Prates, E.E.Cel.Francisco Ribeiro do município de Coração de Jesus, Minas Gerais, também já aderiram à greve.

QUANTO AOS COLEGAS QUE AINDA NÃO ADERIRAM...

AINDA É TEMPO, VEM SENTIR:

.A ENERGIA DA LUTA;

.A CERTEZA DO COMPROMISSO;

.A FORÇA DE UMA CATEGORIA QUE SE RESPEITA E SE FAZ RESPEITAR!!!

. ESTAMOS COM 70% DE ADESÃO EM TODA A SUBSEDE DE MONTES CLAROS.

10 comentários:

Anônimo disse...

Sou professora e não sou a favor da greve. Nossa categoria devia pressionar o sindicato para que ele faça o trabalho dele e não tranfirir - mais uma vez - a responsabilidade dele para as nossas costas. A maioria dos professores de minha escola - que está em greve - que foram a favor nem particpam das manifestações. Acho que a categoria deve se unir sim, mas para buscar soluções e não impor a opinião de uns aos outros. Porque quem - como eu - não é a favor de greve não tem sua opinião respeitada, é visto com ignorante, sem consciencia, etc... Tenho certeza da profissional que sou e não permite que me desmereçam por isso. Além do mais, o que muitos professores esquecem, é que quando nos formamos, o compromisso que assumimos é com o nosso aluno, não com nosso empregador. De que maneira essas aulas serão repostas sem prejudicar aos alunos? daqui a alguns dias o sindicato faz um acordo entre 4 paredes e todos voltam sem nada nas mãos e ainda mais humilhados e desmoralizados frente a sociedade....

Anônimo disse...

Também sou professor, e lendo este comentário, vejo que nem todos sabemos que o "Sindicato somos nós", ou seja, Eu sou o Sind-UTE, Você é o Sind-UTE. E nós na qualidade de sindicato estamos sendo precionados pelo governo de Minas a aceitar uma situação berrante dentro das paredes das escolas e além disso recebermos um "mincho" ordenado ( para que realmente assume a responsabilidade de ser um educador e não um dador de aulas como muitos por aí) que nem mesmo a Lei Federal permite.Todo professor deve ser politizado e construir "homens politizados", pois temos um compromisso com nossos alunos e nossa Nação. Não podemos ensinar aquilo que não sabemos. Por isso, cara colega, se realmente sente-se uma profissional merecedora do seu cargo, abra seus olhos numa visão holística e aprenda com seus colegas aquilo que a sua faculdade não ensinou. Vá à luta e não deixe que este governo esmague Você, não permita que seus companheiros lute sozinhos por uma conquista que vai beneficiar você também. Liberte-se.Seu aluno merece.
Você merece.
Nós merecemos.
Abçps. Leo.

Anônimo disse...

Sou professor e estou a favor da greve. Minha escola aderiu 100% à greve. Aliás, aqui em minha cidade todas as escolas fecharam suas portas e os professores fomos para rua protestar juntos com nossos alunos que também estão indignados com a situação. Não escondemos deles a nossa realidade, uma vez que vivem essa dentro de suas salas de aula.
Quem trabalha de graça é o relógio.
Amamos nossos alunos, mas amamos também nossos filhos e nossa saúde.
Meu salário fica grande parte para os ônibus que tenho que pegar para chegar até a escola.
Sou um cidadão e luto pelos meus direitos, cumpro meus deveres e obrigações.
Não faça greve de pijama! Vamos à luta!

Anônimo disse...

Subsídio não é piso salarial. Queremos nossos biênios, quiquênios, pós-de-giz de volta.Eles foram uma conquista de muitos anos atrás e de muita luta de colegas.

Anônimo disse...

...e eu não posso me acovardar!!!!

Infelizmente, o governo estadual conseguiu dividir a categoria mas, como eu ainda acredito na educação como instrumento de formação de um cidadão crítico, participativo, consciente de seu papel na sociedade terei que ensinar pelo exemplo.

"Estou em luta com a minha categoria pelo cumprimento de uma lei Federal e nada mais do que isto."

Tenho a convicção que educamos muito mais pelo exemplo do que pela fala.

Sempre falo para meu aluno:
eu cobro responsabilidade de você porque sou responsável,

eu cobro pontualidade de você porque sou pontual e

várias outras situações....

Como vou encarar meu aluno diante de uma situação como esta onde a maioria apoia o movimento e eu não? Sendo que eu também apoio??? Também quero meus direitos de volta!!!!

Repito: a luta é pelo cumprimento de uma LEI!!!

Já diziam ... 'Faça o que falo mas não faça o que faço." Esta frase não se aplica a mim.

Na educação, não adianta ensinar SIMPLESMENTE com a fala,o discurso,temos que dar o exemplo. o EXEMPLO NÃO É A MELHOR MANEIRA, É A ÚNICA.

Como eu terei coragem de falar para meu aluno, meu filho em cidadania se eu não sou uma cidadã?

Como ensinar para meu aluno, meu filho, que ele deve lutar por seus direitos, deste que ele esteja certo, se no momento de eu exemplificar esta minha fala eu recuo, me acovardo, finjo que não está acontecendo nada???


Realmente, e graças a Deus, cheguei em um momento de minha vida que mais vale a pena lutar e talvez perder mas perder lutando... do que não fazer nada.

O governo já me roubou , confiscou...

*os biênios e eu não pude fazer nada...

*Já me roubou os quinquênios e novamente não pude fazer nada a não ser lamentar.

*Já me roubou a carreira.. e eu lutei até onde pude (isto ano passado).

Agora que estou amparada por uma LEI FEDERAL, não posso ser omissa e falar que não tenho como lutar. Agora é que estamos com a faca e o queijo nas mãos,. pois a lei está a nosso favor.

PORTANTO...

Vamos a luta mais uma vez!!!!!!

Blog da Cris

Anônimo disse...

sou um doa allllunos da pfofessora Selma, e acho um absurdo essa greva, quem sai perdendo são os alunos.Espero que as aulas voltem logo...

Anônimo disse...

Sinto muito meu aluno.Vc tem todo direito de reclamar.Estamos todos perdendo com a irresonsabilidade do nosso governo.Ele se esqueceu que a Lei foi feita para ser cumprida e que todos nós precisamos VIVER, e não apenas sobreviver.Aprenda conosco e seja um cidadão.Lute pelos seus direitos.Afinal...Governo não é enfeite!!!! Abços.Selma web site.

Anônimo disse...

Tenho 20 anos de magistério e sempre fiquei atenta a movimentos e acredito que nenhum de nós educadores queremos greve e ela só surge quando o desrespeito e a desvalorização já escancarada nos afeta de tal forma que é necessário gritar,porque muitos se fazem de surdos. Outro governador já nos disse: Que professora não ganhava mal, era mal casada. Talvez nossa colega que não se sente responsável pelo caos se inclua na classe dos bem casados e não pensa que o casamento que queremos hoje em dia e com nós mesmos. Quero, mesmo tendo meu marido, ter nele um companheiro e não uma conta auxiliar bancária. Quero viver dentro do que acredito não dentro do que os outros podem me proporcionar. Se com o que você ganha, você consegue viver um mês inteiro sem dificuldades e sem contar com ninguém, nos de o método e observe quanto um policial no início de carreira está ganhando e veja nossa missão que é muito mais ampla do que simples professores, somos educadores e isto querida é coisa muito séria.

Anônimo disse...

Muito bem querida profesora.Vc deve ser daquelas que os alunos amam e acreditam.Eu também sou a favor das greves, embora estou perdendo muito com a falta das matérias para o meu vestibular.Detesto este governo de Minas que olha a educação com descaso. Pô!!!!!!!!!! E eu que queria ser um professor de matemática como o Aluísio!? Acho melhor procurar uma outra profissão, isto é, se passar no vestibular.

Anônimo disse...

Venha colega! Você que ainda não aderiu à nossa greve, tenha coragem e junte-se a nós para que mais tarde não se arrependa de ter jogado fora o sabor de uma vitória, o prazer de uma luta...
Estamos vencendo.